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Banco do Brasil consegue mais de R$ 5 bi para agro e energia renovável

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Após percorrer a Ásia, os Estados Unidos e a Europa, o Banco do Brasil (BB) finalizou uma série de captações de cerca de R$ 30 bilhões em Marrakesh, no Marrocos, durante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, destinadas a apoiar a agenda de sustentabilidade do Brasil. Durante sua estadia no Marrocos, foram concretizadas duas transações adicionais, uma em dólares e outra em euros, totalizando aproximadamente R$ 5,9 bilhões.


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De acordo com Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, embora haja preocupações entre investidores estrangeiros devido ao agravamento do conflito no Oriente Médio, existe um grande interesse em financiar projetos no Brasil que estejam alinhados com os princípios de proteção ao meio ambiente, inclusão social e governança (ESG, na sigla em inglês).

Este interesse internacional ocorre simultaneamente com os esforços do governo para reintegrar o Brasil à comunidade global, particularmente no que diz respeito aos compromissos sustentáveis. Além de um contexto desafiador em termos econômicos e geopolíticos, que limita as oportunidades de investimento em todo o mundo.

Banco do Brasil: há bastante interesse

De acordo com Felipe Prince, vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do BB, o interesse internacional em financiar o empreendedorismo está em ascensão. Isso se deve ao fato de que o setor não apenas faz parte da agenda ESG, mas também impulsiona a criação de empregos, renda e contribui para o crescimento econômico. A sólida performance do banco nesse setor, caracterizada por baixas taxas de inadimplência e crescimento robusto, atrai investidores externos.

A carteira de crédito do BB voltada para micro, pequenas e médias empresas atingiu a marca de R$ 116,5 bilhões no final de junho, representando um aumento de 21,8% em comparação com o mesmo período de 2022. Essa categoria abrange negócios com faturamento anual de até R$ 200 milhões, e o índice de inadimplência, medido com atrasos acima de 90 dias, fica em torno de 5%, abaixo das médias dos concorrentes.

“Uma dificuldade que nos relataram é que, em grande parte dos países e bancos, esses portfólios de empréstimos a pequenas empresas performam mal.” 

Felipe Prince, vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do BB

Recentemente, um relatório de estabilidade financeira divulgado pelo FMI alertou sobre o risco de uma possível onda global de inadimplência, em meio às altas taxas de juros em muitos países. Após os problemas enfrentados por bancos nos Estados Unidos e Europa no início do ano, a preocupação agora é que, em um ambiente de condições financeiras restritas, os mutuários possam ter dificuldades em honrar suas dívidas e se tornar inadimplentes.

O Banco do Brasil tem como objetivo atingir uma carteira de crédito com pegada sustentável de R$ 500 bilhões até 2030, o que representa um terço dos empréstimos totais, que atualmente somam mais de R$ 323 bilhões de um total de R$ 1,04 trilhão.

*Com informações do Época Negócios.

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