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indústria de pescados

Pelo segundo ano consecutivo, o Ceará ficou na liderança do ranking de exportações que incluem peixes, camarão, lagosta e outros pescados. (Foto: Carlos Gibaja/SDE)

Primeiro lugar em exportação de pescados, Ceará é responsável por mais de 25% das exportações brasileiras na área

Por: Redação | Em:
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Sucesso na exportação de pescados, o Ceará aparece como líder no ranking da categoria no Brasil. Revezando entre a primeira e segunda posição desde 2013, em 2022, como primeiro lugar, o estado ultrapassou os 94 milhões de dólares (US$94.434.533) em exportações de pescados, segundo dados do Comexstat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço.


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A liderança do Ceará no cenário pesqueiro também o torna responsável por 25,19% das exportações brasileiras de pescados. Para o secretário executivo do Agronegócio, Silvio Carlos Ribeiro, da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), responsável pela área na gestão anterior, a localização do estado é um dos motivos que tornam esses números possíveis.

“A localização estratégica no atlântico, fortalecida por uma infraestrutura logística moderna que permite eficiente comercialização, propiciam ao estado do Ceará um mercado nacional e internacional promissor.”

Silvio Carlos Ribeiro, secretário executivo do Agronegócio na SDE

No último levantamento divulgado, pelo segundo ano consecutivo o Ceará ficou à frente do Pará (US$82.021.785), Rio Grande do Norte (US$ 46.925.740) e Santa Catarina (US$40.559.423) no ranking de exportações que incluem peixes, peixes ornamentais, conserva de pescado, camarão, lagosta e outros pescados.

O secretário executivo comemorou os resultados. “A pesca e a aquicultura cearense possuem grande potencial de crescimento. Passando pela criação de camarão e de peixes em cativeiro até a pesca marítima e sua indústria de pescados e conservas, este setor promove o desenvolvimento econômico no interior do estado”, pontua.

Empregos

Fotos: Tiago Stille, Carlos Gibaja e Ariel Gomes/SDE

Com a categoria pesqueira em evidência, no Ceará já são cerca de 57 mil empregos gerados pelo setor. Esses empregos estão divididos em indústria formal, atividade pesqueira e comércio. Apenas a indústria formal da área, que comporta cerca de 25 estabelecimentos, gera 10.800 empregos, entre diretos e indiretos, segundo dados do Sindicato das Indústrias de Pesca e Frio do Estado do Ceará.

A atividade pesqueira, que engloba a produção lagosta, cardume de atum e outros peixes, é a que alcança os maiores números. São 31.448 empregos entre diretos e indiretos. Já no comércio, a estimativa é que já são 15 mil empregos.

Pesca por amor

Fotos: Tiago Stille, Carlos Gibaja e Ariel Gomes/SDE

Para além da grande indústria, o Ceará tem em sua história a pesca artesanal. O Seu Sebastião Sandro, de 60 anos, não é um dono de criadouro de pescados, e muito menos um industrial da área, mas assim que foi perguntado os motivos de seguir a profissão de pescador, retratada por tantos como difícil, logo tratou de responder “por amor”. Tirando o sustento da família da pesca artesanal, o pescador já tem isso como profissão há cerca de 20 anos.

“Eu antes trabalhava em uma confecção, aí um dia me chamaram para pescar e eu fui. Ai pronto, não quis outra coisa. É uma profissão difícil, mas qualquer pescador vai dizer o mesmo que eu, a gente não sabe fazer outra coisa não. É pescando que a gente mantém a mente limpa”, conta Seu Sandro, emocionado.

Moradores de uma pequena comunidade na Pacatuba, e apesar das dificuldades enfrentadas todos os dias, Maciene Menezes, de 26 anos, presidente da Colônia de Pescadores e Aquicultores Z-36, concorda com Sandro. “Nós estamos na Semana Santa e eu sempre digo que Jesus escolheu certo em ser um pescador o seu primeiro discípulo, porque somos muito fiéis à nossa profissão, ao amor que sentimos pelo que fazemos”, ressalta Maciene, que cresceu no meio dessa profissão.

Casada com Cláudio Maciel, pescador, que aprendeu o ofício com o pai, quando residia em Canindé, e filha do Seu Raimundo, que deu início aos movimentos da associação quando ela ainda era pequena, Maciene tem a pesca como uma herança de família. “A pesca aqui é realmente coisa de família. Meus pais eram pescadores. Aqui temos outros pescadores que toda a família trabalha junto, um pesca, o outro trata, e assim vai. Por isso que sempre digo, não trabalhamos só com o pescador, mas com a família”, pontuou. A associação atende 160 famílias de pescadores.

As áreas de pesca dos associados da colônia foram algumas das beneficiadas com o Projeto Peixamento, do Governo do Ceará, que distribui alevinos em açudes públicos de todo o estado. Com investimentos da ordem de R$ 1,5 milhão por meio de contrato de gestão com recursos oriundos do Tesouro Estadual, foram adquiridos e distribuídos 7 milhões de alevinos em 1.200 açudes públicos do Ceará.

A ação visa a reposição dos estoques pesqueiros dos açudes públicos do estado, com o aproveitamento das águas represadas nos açudes, aumentando a produção pesqueira extrativista, gerando alimento de alto valor nutritivo, além de possibilitar a geração de renda e oportunidades de trabalho para todos que dependem da pesca.

*Com informações da SDE

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