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De acordo com o relatório do Distrito, o Brasil tem mais de 700 healthtechs registradas e o número deve crescer ainda mais nos próximos anos. (Foto: Envato Elements)

Segmento de healthtechs movimentou US$ 344 milhões em 2021

Por: Sofia Holanda | Em:
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Nos últimos dois anos, o setor da saúde vive uma verdadeira transformação digital. É perceptível que nos últimos anos e ao passar por uma pandemia, o setor precisou se reinventar para atender a demanda de cuidados médicos. Assim, a partir da necessidade em investir em tecnologia e inovação para a área da saúde surgem às chamadas healthtechs. São startups que desenvolvem soluções com foco no setor de saúde, com forte base tecnológica, promovendo serviços e produtos escaláveis e replicáveis.


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Segundo levantamento da BenCorp, o segmento de saúde digital movimentou, somente em 2021, U$ 344 milhões, um crescimento de 329% em relação ao ano anterior. De acordo com o relatório do Distrito, o Brasil tem mais de 700 healthtechs registradas e o número deve crescer ainda mais nos próximos anos.

Nos últimos cinco anos, o número de empresas de tecnologia em saúde no Brasil explodiu com um aumento de mais de 140%, segundo o último relatório do Distrito sobre Healthtech. No Brasil, os investimentos somaram 90 milhões de dólares em negócios inovadores de saúde somente no primeiro trimestre do ano passado, cifra que corresponde a 85% do total investido em todo o ano de 2020. Para 2022, a expectativa é que o setor acumule mais de 200 milhões de dólares investidos”, informa o sócio-fundador e diretor de Marketing e Novos Negócios da Pixeon, Iomani Engelmann.

Diego Queirantes, sócio da Valore Brasil – Consultoria em Valuation e M&A, explica sobre a distribuição dessas empresas. “A maior fatia está concentrada em soluções para a Gestão e Prontuários Eletrônicos, com 25% das startups, seguidas por Acesso da Informação (16,7%) e Marketplace (12,6%). As healthtechs de Telemedicina somam 11,8%, número que tende a aumentar com a regulamentação do serviço publicado pelo Conselho Federal de Medicina em 20 de abril de 2022, temos ainda as startups voltadas para as áreas Farmacêutica e de Diagnóstico (10%)”, afirma.

“Além de gestão de saúde, os investidores também têm voltado a atenção para os serviços de saúde da mulher. Segundo uma pesquisa da Frost & Sullivan, esse nicho de mercado já está avaliado em US$ 5,8 bilhões, e a previsão é que movimente US$ 50 bilhões até 2025 em todo o mundo. Hoje há cerca de 23 healthtechs que oferecem serviço para o público feminino, a maioria em soluções fitness e bem-estar”.

Diego Queirantes, sócio da Valore Brasil

Ceará e a expansão de hubs de inovação

Nos últimos anos, o Ceará vem se tornando um seleiro e habitat de ideação e tração de grandes startups no setor de saúde, especialmente pela abertura e expansão de hubs de inovação e parques tecnológicos, além dos editais de fomentos no intra e pós-pandemia, focados apenas em healthtechs.

O presidente na Sociedade Brasileira de Pesquisa e Inovações em Saúde (SOBRAPIS), Diego Costa, fala sobre o cenário de investimentos em saúde digital no Ceará. “Hoje, o estado conta com cerca de cinquenta startups de saúde em diferentes estágios, sendo que em torno de dez podem ser consideradas exponenciais e ainda ouso a dizer que dois tem grande potenciais de serem unicórnios nos próximos anos”.

Diego Costa explica que a pandemia escancarou realidades e mostrou a necessidade e a oportunidade de startups que atuem em setores como telemedicina, combate a infecções, insumos e outros, podendo ter acontecido um salto de 50% no setor em âmbito cearense.

Dentre os desafios para 2023, Costa se mantém otimista sobre os possíveis impactos econômicos, sociais e jurídicos dos novos governos. “Espero nas melhorias especialmente no setor saúde, além da perspectiva por lançamento de editais e parques tecnológicos que possam expandir e apoiar as ideias das já existentes e das novas startups”, conclui.

Case de sucesso – Bright Photomedicine

A Bright Photomedicine atua na área da saúde e é pioneira no uso dos fotocêuticos, um padrão personalizado de emissão de luz que atua no alívio de dores e inflamações musculoesqueléticas. De acordo com informações publicadas no portal da empresa, em novembro de 2022, o sistema já aplicou um total de 15 mil doses em 1,3 mil, pacientes atendidos. Em 80% dos casos, a dor diminui 70% entre a aplicação inicial e a final.

“O grande diferencial desenvolvido pela Bright é de fato é a integração entre o equipamento e uma plataforma de saúde digital, onde essa plataforma faz justamente esse acompanhamento do paciente na terapia e permite essa personalização da terapia. Então, foi um desenvolvimento em conjunto, não existe a plataforma digital sem a aplicação via hardware, da melhor forma que o hardware não seria útil sem a plataforma. Então, os dois são indissociáveis. E portanto, não há como colocar um percentual que foi investido em um no outro. Até agora o que a gente pode dizer que a gente pode afirmar é que tivemos cerca de 20 milhões de reais de investimento, dos quais aproximadamente 10 a 12 milhões foi investido diretamente em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O principal produto dessa jornada de inovação são a plataforma digital, o equipamento em si, e obviamente os pontos cêuticos que são aplicados via plataforma digital e esse equipamento”, resume Marcelo Sousa, CEO na Bright Photomedicine.

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