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Responsáveis por movimentar, no Brasil, R$ 42 bilhões ao longo de 2019, segundo levantamento do Ebit/Nielsen, os marketplaces, modelos de negócios que funcionam como uma espécie de shopping center virtual, têm ganhado ainda mais destaque no atual momento de distanciamento social e de crescimento do e-commerce nacional. Neste cenário, o Ceará ganhará uma plataforma destinada […]

Marketplace: oportunidade para todos venderem online no Ceará

Por: Áquila Leite | Em:
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Responsáveis por movimentar, no Brasil, R$ 42 bilhões ao longo de 2019, segundo levantamento do Ebit/Nielsen, os marketplaces, modelos de negócios que funcionam como uma espécie de shopping center virtual, têm ganhado ainda mais destaque no atual momento de distanciamento social e de crescimento do e-commerce nacional. Neste cenário, o Ceará ganhará uma plataforma destinada aos comerciantes e consumidores locais, que promete abrir portas para que os pequenos negócios também consigam prosperar no mercado digital.

Idealizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-CE), o marketplace “Tá Fácil Comprar” visa permitir que os comerciantes cearenses, independentemente do tamanho de seus negócios, tenham acesso a um canal digital de vendas. Desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), a plataforma teve sua primeira versão concluída na semana passada, mas só ficará disponível ao público nos próximos meses, conforme diz Henrique Gonzaga, gerente executivo do IPDC.

“Agora, entramos na fase de abordar as empresas para que elas entrem na plataforma e disponibilizem seus produtos aos consumidores. Quando tivermos um volume interessante de sellers (nome dado a todos aqueles que vendem em marketplaces), abriremos ao público”, destaca Henrique. Segundo ele, a previsão é de que esta etapa dure aproximadamente dois meses e que, quando a plataforma for oficialmente lançada, cerca de 300 empresas, de diferentes setores, já estejam com suas mercadorias à disposição dos consumidores.


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Assim como ocorre nos principais marketplaces do Brasil, o “Tá Fácil Comprar” poderá ser acessado via site ou aplicativo, mas, ao contrário do que costuma acontecer, os comerciantes não precisarão arcar com investimento inicial, mensalidade ou custos fixos, já que só pagarão taxas se efetivamente realizarem suas vendas. Esse diferencial, segundo o presidente da Fecomércio-CE, Maurício Filizola, é o que torna a plataforma atrativa às pequenas empresas.

“Essa loja virtual vai favorecer todos os tipos de empresários, mas, principalmente, os pequenos e médios, trazendo benefícios para empresas e lojistas do comércio de bens, serviços e turismo. Todos serão contemplados.”, destaca Maurício Filizola.

Além de não ter custos fixos, os comerciantes que utilizarem a plataforma também terão um contato mais próximo com os clientes, já que o marketplace disponibilizará um canal para conectar fornecedores e consumidores. A logística de entrega, por exemplo, que é de responsabilidade das empresas, poderá ser acordada através desse canal. “Se o cliente quiser ir buscar o produto na loja e não pagar frete, pode combinar com o vendedor”, ressalta Henrique Gonzaga.

Várias formas de pagamento

Outro diferencial que o “Tá Fácil Comprar” disponibilizará aos consumidores cearenses é a diversidade nas formas de pagamento, conforme explica o gerente executivo do IPDC.

“Nos grandes marketplaces, geralmente só há a possibilidade de pagar através da plataforma. Também teremos essa opção, mas, por se tratar de um produto focado no mercado local, também será possível realizar o pagamento na própria loja ou solicitar que ela envie um entregador com uma máquina de cartão. Teremos um mix de possibilidades”, diz Henrique Gonzaga.

Sobre a importância dos marketplaces para a retomada do comércio após a crise da Covid-19, o gerente executivo do IPDC garante que esse modelo de negócio tende a funcionar, cada vez mais, como “uma vitrine e mais um canal de vendas” para que as empresas cheguem aos consumidores. “Quem trabalhar melhor seu marketplace e seu e-commerce vai conseguir se recuperar mais rapidamente do que aqueles que ficarem presos às lojas físicas. Os números mostram isso”, diz.

Plataformas em crescimento

Os números, de fato, revelam como esse modelo de negócio têm ganhado espaço no mercado brasileiro, mesmo antes da pandemia. De acordo com os últimos dados consolidados da Ebit/Nielsen para o setor, no ano passado, por exemplo, os marketplaces que atuam no Brasil movimentaram R$ 42 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 13% na comparação com 2018. Ao todo, 91 milhões de pedidos foram realizados ao longo de 2019, um crescimento anual de 23%, aponta o estudo. O ticket médio também foi bastante relevante: R$ 462.

Ainda conforme o levantamento da Ebit/Nielsen, a participação dos marketplaces no faturamento total do e-commerce brasileiro foi de 68% em 2019, tendo em vista que o setor movimentou R$ 61,8 bilhões no ano passado. Para Cid Alves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), é inegável a importância que essas plataformas já possuem no mercado nacional, ainda mais após a chegada da pandemia e do distanciamento social.

“É uma ferramenta necessária no atual momento, onde as empresas devem se adaptar à realidade da pandemia. Muitas lojas, mesmo aquelas de rua ou de shopping, que normalmente não possuem um forte comércio eletrônico, têm conseguido se projetar vigorosamente dentro desse ambiente. Vejo os marketplaces como um recurso importante hoje e para o futuro”, opina Cid Alves.  

De acordo com o estudo Barômetro Covid-19, realizado pela Kantar, as compras online avançaram 34% no Brasil ainda no mês de março, quando a pandemia ainda começava a causar efeitos mais sérios na economia nacional. No mesmo período, 46% dos entrevistados já haviam deixado de comprar em lojas físicas. “Naturalmente, com as lojas se inserindo no e-commerce e nos marketplaces, vai acontecendo paulatinamente essa mudança de hábitos, mas isso não significa que o comércio físico deixará de ser importante”, pontua Cid Alves.

Segundo a pesquisa da Kantar, muitos brasileiros utilizaram o período de pandemia para fazerem suas primeiras compras online. Desses, 17% compraram produtos do segmento de alimentos e bebidas, enquanto 15% adquiriram remédios sem prescrição médica. Conforme o estudo cosméticos e produtos de cuidado pessoal também foram destaque, com 12% da preferência.

Principais vantagens

Em artigo publicado no E-Commerce Brasil, projeto mantido e apoiado pelas empresas mais influentes no comércio eletrônico nacional, Ricardo Zacho, especialista em links patrocinados e co-fundador da MZclick, explica que uma das principais vantagens dos marketplaces é a visibilidade, o que reduz a necessidade de as empresas investirem e tempo e dinheiro na divulgação de suas mercadorias. “Uma vez que seu produto está na vitrine dos maiores e-commerces, maior a confiança dos clientes para comprá-lo”, destaca.

O especialista também destaca que as empresas que atuam nos grandes marketplaces tendem a aumentar suas vendas, dada a quantidade de potenciais compradores. Outra vantagem apontada por Zacho é diversidade de público, o que pode alavancar o crescimento do negócio e de seu leque de produtos.

“Com o aumento de visibilidade, de clientes e de faturamento, o marketplace possibilitará o crescimento do negócio. Assim, (o lojista) terá novas oportunidades e ideais para atingir metas cada vez maiores, apostando em novos produtos, trazendo novos nichos para a loja, fazendo-a destacar-se mais”, pontua Ricardo Zacho.

Conforme dados da Netrica, disponibilizados pelo E-Commerce Brasil, o marketplace mais acessado do Brasil, neste mês de julho, é o Mercado Livre, que está no topo do ranking desde o início do levantamento, em janeiro de 2016. Na segunda posição aparece a Americanas.com, que já se consolidou como uma das maiores plataformas nacionais. Completa o pódio a Amazon, multinacional que inaugurou seu marketplace no País em novembro de 2017. A gigante norte-americana, inclusive, faz parte do seleto grupo de empresas avaliadas em mais de US$ 1 trilhão.

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