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O desempenho cearense nos três setores do PIB no quarto trimestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, ficou em 9,51% para a Agricultura; -7,48% para a Indústria e 0,08% para Serviços. (Foto: Envato Elements)

PIB cearense cresce 0,96% em 2022 e previsão para 2023 é de 1,33%

Por: Pádua Martins | Em:
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará fechou, em 2022, com crescimento de 0,96% em relação a 2021. O desempenho da economia cearense no quarto trimestre do ano passado foi de -0,70% na comparação com igual período do ano anterior, e de -1,68% em relação ao terceiro trimestre de 2022. A estimativa do PIB do Ceará para este ano é de 1,33% que, caso seja concretizada, será maior que a projeção do índice nacional, de 0,85%, previsto pelo relatório Focus do Banco Central. Em dezembro, a expectativa para 2023 era de uma taxa de 2,19% para o PIB estadual, enquanto a nacional estimada chegava a 0,75%.


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Dentre os três setores que compõem o PIB (Indústria, Serviços e Agropecuária), o melhor resultado no Ceará ficou com Agropecuária, com crescimento de 7,70% em 2022, enquanto que o índice brasileiro foi de -1,7%. Já Serviços apresentou resultado positivo de 1,92%, contra 4,2% no nacional. A Indústria cearense amargou queda de 6,28% no ano passado, contra 1,6% de elevação do índice nacional no mesmo ano.

PIB Ceará e Brasil

Os números da economia do Ceará de 2022 foram divulgados, na tarde desta segunda-feira, pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará. O anúncio, que inclusive foi transmitido ao vivo pelo YouTube, contou com a participação do novo diretor Geral do Ipece, Alfredo Pessoa; dos titulares da Diretoria de Estudos de Gestão Pública (Digep), Fábio Montenegro e da Diretoria de Estudos Econômicos (Diec), Ricardo Castro Pereira; do professor convidado José Meneleu Neto e de analistas Políticas Públicas do instituto.

O desempenho cearense nos três setores do PIB no quarto trimestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, ficou em 9,51% para a Agricultura; -7,48% para a Indústria e 0,08% para Serviços, contra, respectivamente, -2,9%, 2,6% e 3,3% no Brasil na mesma comparação. Já na relação do quarto trimestre de 2022 com o terceiro trimestre do mesmo ano, os números são: Agropecuária, com -2,57%; Indústria, com -5,13%, e Serviços, com -0,52%, enquanto no Brasil foram: 0,3%, -0,3% e 0,2%, respectivamente.

De acordo com o analista de Políticas Públicas Nicolino Trompieri Neto, que coordenou a equipe que elaborou o PIB, formada pelos também analistas Witalo Paiva; Alexsandre Lira e José Freire Júnior, a Agropecuária cearense encerrou o ano de 2022 com forte crescimento em seu Valor Adicionado Bruto (VAB). Na comparação com 2021, a alta foi de 7,70% em termos reais. Ao longo do ano de 2022, o setor registrou desempenho positivo em todos os trimestres quando comparados a iguais período do ano anterior. No quarto período, a queda foi de – 9,51%.

Alexsandre Lira explica que o desempenho do setor é decorrente do bom desempenho na agricultura, especialmente pelo crescimento na lavoura temporária, puxado principalmente pelo crescimento na produção de mandioca e milho e também na produção de abacaxis. Na lavoura permanente, o destaque ficou por conta da produção de ne castanha-de-caju e também na produção de coco-da-baía. No grupo das frutas destacam-se o crescimento de manga, goiaba, abacate, limão, tangerina e uva. Na pecuária, o destaque ficou por conta novamente no bom desempenho na produção de galináceos, recuperação da produção de bovinos e também pelo crescimento na produção de leite e ovos.

O analista de Políticas Públicas Witalo Paiva, ao comentar o resultado da Indústria em 2022 (-6,28%), frisou que o desempenho do setor é explicado principalmente pela atividade de Eletricidade, Gás e Água e pela Indústria da Transformação. Tais segmentos apresentaram resultados negativos ao longo de todos os trimestres e encerraram o ano de 2022 com recuos de -19,16% e -6,35%, respectivamente, em relação ao ano de 2021. Na direção oposta, a atividade da Construção registrou resultado positivo em 2022. O crescimento em relação ao ano anterior foi de 5,11%. Com o resultado, a atividade chega ao segundo ano seguido de crescimento. Em 2021, a expansão foi de 10,36%.

Ao longo do ano de 2022, o setor de Serviços registrou desempenho positivo em todos os trimestres quando comparados a iguais períodos do ano anterior. No quarto período, a alta foi de apenas 0,08%. O desempenho anual do setor é explicado principalmente pelo crescimento da atividade da Administração Pública, que apresentou alta de 1,35% na comparação com igual período de 2021.  A atividade de Comércio deu uma contribuição tímida, mas ainda positiva, tendo registrado alta de 0,12% na mesma comparação.

O baixo desempenho do Comércio é explicado pelas vendas do Varejo Ampliado que incluem, além do Varejo Comum, as vendas de Veículos e Materiais de Construção. A atividade de Transporte, Armazenagem e Correios registrou alta pelo segundo ano consecutivo, finalizando 2022 com crescimento de 6,12%. Já os Serviços Prestados às Famílias também apresentaram crescimento expressivo de 8,21%, revelando uma aceleração em relação a alta observada no ano passado. Por fim, os Serviços de Alojamento e Alimentação apresentaram um crescimento bem expressivo de 16,81%, após dois anos de queda, revelando nítida tendência de recuperação pós-crise.

Dez estados calculam o PIB

Além do Ceará, mais dez estados brasileiros realizam o cálculo do PIB, indicador que mostra a tendência do desempenho da economia no curto prazo: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo, que utilizam a mesma ponderação das Contas Regionais. É calculado com base nos resultados dos três setores – Agropecuária, Indústria e Serviços – e desagregados por suas atividades econômicas.

É importante ressaltar que, como indica somente uma tendência de crescimento ou arrefecimento da economia, suas informações e resultados são preliminares e sujeitos a retificações, quando forem calculadas as Contas Regionais definitivas, em conjunto com o IBGE e as 27 Unidades da Federação.

Saiba mais:

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