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Além de possuir uma das economias mais importantes da região Nordeste, o Ceará também conta com uma série de diferenciais para captar investimentos e chamar a atenção de grandes empresas. Muitas dessas características únicas são provenientes de quatro importantes redes, tratadas como prioritárias pelo poder público: hídrica, digital, de educação e de energias renováveis, que, […]

Conheça as redes que garantem a infraestrutura e o capital humano para se investir no Ceará

Além de possuir uma das economias mais importantes da região Nordeste, o Ceará também conta com uma série de diferenciais para captar investimentos e chamar a atenção de grandes empresas. Muitas dessas características únicas são provenientes de quatro importantes redes, tratadas como prioritárias pelo poder público: hídrica, digital, de educação e de energias renováveis, que, juntas, garantem o desenvolvimento da infraestrutura e capital humano do Estado.

Por estar localizado no semiárido brasileiro, o Ceará depende de um bom abastecimento e distribuição de água para fazer sua economia girar e, neste aspecto, a rede hídrica do Estado não deixa a desejar. Ao todo, são mais de 240 açudes construídos, 13 adutoras, eixos de integração entre os principais açudes e rios, além de quase 13.000 poços perfurados entre 1987 e 2018. “O Ceará tem uma das maiores infraestruturas hídricas do País, muito sólida”, afirma Francisco José Coelho Teixeira, titular da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH).

Os grandes destaques da rede hídrica do Estado são os açudes Castanhão e Orós, os dois maiores do Ceará, construídos para regularizar o fornecimento de água pelo Rio Jaguaribe, o que é fundamental para atividades como agricultura e piscicultura.

“Temos uma capacidade de acumulação, em nossos reservatórios, de mais de 18,7 bilhões de metros cúbicos (m³), sendo 60% desse volume nos três maiores reservatórios, o que inclui o Banabuiú”, explica Teixeira.

No caso do Castanhão, a expectativa é de que o reservatório seja reforçado, ainda neste semestre, com as águas do Rio São Francisco, em decorrência das obras do Cinturão das Águas, que já se encontram 65% concluídas, conforme a SRH. “Isso vai dar uma maior capilaridade à água transferida do projeto São Francisco no território cearense. Aproxima a água das regiões mais secas do Estado”, diz Teixeira. O secretário lembra, ainda, que o Estado também conta com o Projeto Malha D`Água, que prevê, nos próximos 20 anos, a construção de 6.000 km em adutoras e um investimento total de R$ 5 bilhões na rede hídrica.

Rede digital

Outro diferencial do Ceará é sua rede digital, tendo em vista que o Estado possui o segundo maior hub de cabos submarinos de fibra ótica do mundo, conectando Fortaleza aos Estados Unidos, Europa e África. Beneficiando-se de sua localização privilegiada, a Capital cearense conta com catorze cabos submarinos e já atraiu o investimento de gigantes da tecnologia, como a Angola Cables, que edificou o seu centro de dados em uma área de 3.000 metros quadrados (m²). Segundo o Governo do Estado, a estimativa é de que a cidade receba mais quatro cabos submarinos até 2021 e se torne o maior hub tecnológico do mundo.

Centro de dados da Angola Cables em Fortaleza possui área de 3.000 m² FOTO: Rogério Lima / Divulgação

Além disso, o Estado conta, também, com o Cinturão Digital do Ceará (CDC), maior rede pública de banda larga do Brasil, com mais de 8.000 quilômetros de cabos de fibra ótica, o que possibilita o acesso à internet por parte de todos os órgãos públicos estaduais e viabiliza o acesso da população aos serviços digitais. Ao todo, 116 cidades cearenses são conectadas pelo CDC.

“São duas conquistas muito importantes, tanto o hub tecnológico, por um fator geográfico de Fortaleza, como o Cinturão Digital, que foi uma política de governo do ex-governador Cid Gomes (PDT-CE)”, afirma Mauro Oliveira, professor do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e um dos criadores do hub de inovação Iracema Digital.

Para Mauro, que acredita que o Ceará também tem potencial para receber, nos próximos anos, um parque tecnológico em TI, a exemplo do Porto Digital, em Pernambuco, o Estado conta com totais condições de se tornar um grande centro de nuvens, armazenamento de dados e hospedagem. “Isso poderia atrair grandes players como a Amazon. Temos totais condições”, pontua o professor.

Rede de educação

Referência nacional em alfabetização e educação básica, o Ceará também conta com uma rede de educação robusta e formadora de capital humano capacitado. Segundo a Secretaria da Educação (Seduc), atualmente o Estado possui 728 escolas e 423 mil alunos. Do total de escolas, 277 atendem em tempo integral, o que representa 38% da rede estadual de ensino. “O número de alunos aprovados em universidades públicas e privadas no ano de 2018 foi 20.207, o que representa um crescimento de 19,6% em relação a 2017, quando 16.897 jovens conseguiram acesso ao Ensino Superior”, destaca a pasta, em nota.

Segundo o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece), 89,6% dos alunos cearenses da rede pública finalizaram o 2º ano do Ensino Fundamental alfabetizados em 2018, mais que o dobro do índice registrado em 2007, quando somente 39,9% dos estudantes atingiram o mesmo desempenho. No mesmo ano, o Ceará obteve o melhor desempenho histórico na alfabetização e no ensino fundamental, desde que o Spaece passou a avaliar o processo de aprendizagem. “A análise dos resultados de 2018 demonstra o crescimento nos níveis de aprendizagem do ensino fundamental no Estado”, pondera a Seduc.

Rede de energias renováveis

Por fim e não menos importante, o Ceará também é referência quando o assunto é a rede de energias renováveis, posto que lidera, no Nordeste, a mini e micro geração distribuída (até 5 MW), tanto no número de consumidores como em potência, além de ser o terceiro estado do Brasil que mais gera energia elétrica através de fontes renováveis, atrás apenas do Rio Grande do Norte e da Bahia.

Conforme o Atlas Eólico e Solar, divulgado pelo Governo Estadual e pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) em dezembro do ano passado, em 2018 o Estado produziu 13.959 GWh de energia elétrica, dos quais 41% (5.736 GWh) foram por geração eólica e 0,3% (38GWh) por usinas solares. Atualmente, o território cearense possui 81 usinas eólicas, que adicionam 2.054,9 MW ao sistema, além de oito equipamentos de geração solar fotovoltaica, que contribuem com 218 MW. A rede deve ganhar ainda mais força nos próximos anos, tendo em vista que já estão em construção ou com outorga no Ceará outras 27 usinas solares, assim como 21 equipamentos de geração eólica.

Para Jurandir Picanço, consultor de energia da Fiec e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis, “não há dúvida de que o crescimento da geração energética no País vai ser baseado em energias renováveis”. Conforme diz, neste cenário, o Ceará e a região Nordeste como um todo tendem a se destacar pelo grande potencial de geração eólica e solar, que deve ganhar ainda mais espaço ao longo dos próximos anos.

“A energia fotovoltaica está caindo de preço a cada ano e se tornando cada vez mais viável. Além de ser limpa e sustentável, ela tem despontado como a geração de energia mais barata”, diz Jurandir Picanço.

Ainda de acordo com o Atlas Eólico e Solar, o Ceará possui uma área de quase 123 mil km² aptos para geração de energias renováveis. Segundo Jurandir, isso mostra que o Estado ainda pode receber grandes investimentos na área e aproveitar melhor todo o potencial que possui.

“Temos uma região especialmente vocacionada para a energia solar que é o Sertão dos Inhamuns. Lá, há várias áreas de desertificação, que não têm finalidade econômica no momento, mas que poderiam se tornar poderosas usinas de geração fotovoltaica. O Ceará tem muito a oferecer à rede como um todo”, finaliza Jurandir.

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