O circuito será implantado em cinco cidades nos setores de hotelaria, restaurantes e cafés, e é uma parceria com o Fundo Global para o Meio Ambiente. (Foto: Envato Elements)
Projeto de sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa, a denominada ESG, no objetivo de combater a poluição plástica, é a proposto pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com intuito de reduzir o consumo e a eliminação dos elementos plásticos no setor de hotelaria, restaurantes e cafés.
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A proposta é uma iniciativa do MCTI com o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), e já possui investimentos de US$ 9 milhões para aplicação no projeto. O circuito será implementado inicialmente em cinco cidades: Belém (PA), Salvador (BA), Santos (SP), Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).
“O mapeamento não ocorre diretamente sobre o item plástico em si, mas sim com os setores responsáveis pelo seu consumo e a cadeia envolvida. O objetivo é avaliar por que um estabelecimento usa plástico descartável em vez de alternativas reutilizáveis ou biodegradáveis e, ao final do projeto, propor soluções viáveis para reduzir esse consumo”, pontua a coordenadora-geral de Ciências para Oceano e Antártica no MCTI, Andrea Cruz.
De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a produção global de plásticos ultrapassa a marca de 400 milhões de toneladas anuais, segundo o qual, destes, cerca de 40% são produtos descartáveis. Estimativas da entidade apontam que 9% de todo o plástico produzido são reciclados.
No entanto, na busca de ir na contramão do englobamento, uma empresa brasileira especialista na produção de biodiesel, a Binatural, reduziu a utilização de 77% de copos descartáveis nas respectivas unidades, passando de 325,8 mil unidades por ano, em 2021, para 74,8 mil em 2024.
Segundo a empresa, medidas simples foram implementadas para alcançar o resultado como a distribuição de garrafas reutilizáveis a todos os colaboradores, aquisição de copos reutilizáveis nos refeitórios e copas, distribuição de copos e canecas individuais, além de campanhas de educação ambiental internas.
O cálculo realizado pela empresa que implementa a prática, avaliando o tempo de decomposição, estima economia de mais de 288 mil copos plásticos que poderiam permanecer no meio ambiente até o ano de 2425. “Essa iniciativa é um exemplo de como pequenas mudanças podem gerar grandes resultados. Cada copo que deixamos de descartar hoje é um plástico a menos para o meio ambiente. A mudança começa no micro, mas o impacto é coletivo e duradouro”, reforça o CEO e cofundador da Binatural, André Lavor.
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