Dólar opera perto da mínima de 2025 com incerteza sobre EUA-China

Por: Redação | Em:
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Dólar cai cerca de 0,6% frente ao franco suíço e ao iene, e se aproxima dos níveis mais baixos desde abril, os menores em três anos. (Foto: Envato Elements)

O dólar opera perto das mínimas de 2025 nesta quinta-feira (12), pressionado por tensões geopolíticas no Oriente Médio e pela crescente desconfiança sobre a continuidade do acordo comercial entre Estados Unidos e China. A moeda americana cai cerca de 0,6% frente ao franco suíço e ao iene, e se aproxima dos níveis mais baixos desde abril, os menores em três anos.


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Desde janeiro, o dólar acumula queda de 10% frente a uma cesta de moedas. O euro sobe para US$ 1,1535, maior valor em sete semanas. A instabilidade cambial reflete o movimento global de investidores em busca de segurança, especialmente diante do aumento das ameaças envolvendo Irã e Israel.

A reação dos mercados globais é negativa. O índice MSCI recua 0,1% após máxima histórica na quarta-feira (11), enquanto o Stoxx 600 da Europa cai 0,8%, pressionado pelas perdas em montadoras e companhias aéreas, impactadas pela alta recente do petróleo. Os futuros dos índices S&P 500 e Nasdaq registram queda de 0,5%.

Nos EUA, o movimento de aversão a risco ganhou força com a retirada parcial de diplomatas americanos do Oriente Médio. Segundo a Reuters, o Irã mantém seu programa de enriquecimento de urânio e foi alertado por um país da região sobre possível ataque de Israel, o que elevou a percepção de risco geopolítico.

Além do dólar

O otimismo recente com o acordo comercial anunciado por Donald Trump se dissipou. O presidente sinalizou que enviará novas propostas a dezenas de países, reacendendo temores de choques tarifários. A perspectiva de escalada protecionista ampliou a correção nos mercados globais e reforçou a demanda por ativos defensivos.

Com isso, os títulos do Tesouro americano se valorizaram. Os rendimentos dos papéis de 10 anos caem para menos de 4,4%, e os de dois anos recuam para 3,93%. A busca por segurança nos treasuries reflete a cautela dos investidores diante do cenário de instabilidade diplomática e incerteza econômica.

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