Governo fixa IR de 17,5% em aplicações para compensar alta do IOF

Por: Redação | Em:
Tags:, ,
reforma tributária e lei e imposto governo

Outro ponto do pacote do governo envolve o fim da isenção de IR sobre papéis como LCI, LCA, CRI e CRA, que passarão a ser taxados em 5%. (Foto: Envato Elements)

O governo federal confirmou na última terça-feira (10) a fixação de uma alíquota única de 17,5% de Imposto de Renda sobre os rendimentos de aplicações financeiras. A medida compensa a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e uniformiza a tributação, que atualmente varia de 15% a 22,5%, segundo Fernando Haddad, ministro da Fazenda.


Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente


Além disso, Haddad anunciou a elevação de 15% para 20% no Imposto de Renda sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP), mecanismo usado por empresas para remunerar acionistas. A proposta havia sido rejeitada pelo Congresso em 2023, mas retornou ao pacote após sugestão de parlamentares envolvidos nas discussões recentes.

As medidas fazem parte de um conjunto de propostas enviadas à Casa Civil após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Haddad, o objetivo é equilibrar a arrecadação diante do aumento do IOF, com a expectativa de que o Congresso analise os textos ainda neste semestre.

O pacote também inclui a elevação de alíquotas sobre apostas esportivas e fintechs. A Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de corretoras e plataformas digitais subirá de 9% para 15%, e o imposto sobre o faturamento das bets passará de 12% para 18%.

Mudanças em isenções e contenção de despesas do governo 

Outro ponto do pacote envolve o fim da isenção de Imposto de Renda sobre papéis como LCI, LCA, CRI e CRA, que passarão a ser taxados em 5%. A equipe econômica ainda avalia os impactos fiscais das medidas, mas não apresentou estimativas de arrecadação até o momento.

Em paralelo, o governo propôs uma redução de 10% nas isenções fiscais via projeto de lei complementar. O modelo desse corte será definido em conjunto com o Congresso, em uma segunda etapa do plano fiscal, segundo Haddad.

As medidas de contenção de gastos também serão discutidas por uma comissão de líderes partidários e representantes da equipe econômica. O foco será avaliar despesas obrigatórias como Fundeb, BPC e transferências a entes subnacionais, buscando ajustes com base em propostas já existentes.

Saiba mais:

Obras públicas paralisadas serão retomadas?

Governo projeta arrecadar R$ 44 bi com nova proposta tributária

Top 5: Mais lidas