Estados Unidos (EUA) e China anunciaram a criação de uma estrutura para retomar a trégua comercial e remover restrições mútuas de exportação. (Foto: Envato Elements)
Estados Unidos (EUA) e China anunciaram a criação de uma estrutura para retomar a trégua comercial e remover restrições mútuas de exportação. O acordo, fechado após dois dias de negociações em Londres, busca reduzir tensões que há anos afetam o comércio bilateral e impactam cadeias globais de suprimentos.
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Howard Lutnick, secretário de Comércio dos EUA, afirmou que a estrutura reforça o pacto de Genebra, estabelecido no mês passado para mitigar tarifas de retaliação que chegaram a ultrapassar 100%. Ainda assim, ele não forneceu detalhes sobre os termos do novo entendimento.
O fracasso parcial do pacto anterior ocorreu após a China manter restrições sobre minerais críticos, levando os EUA a impor controles sobre exportações de tecnologia sensível, como software de semicondutores e aeronaves. Agora, ambos os lados concordaram em reverter parte dessas medidas de forma equilibrada.
Li Chenggang, vice-ministro do Comércio chinês, também confirmou o acordo em princípio. A estrutura será apresentada aos presidentes dos dois países, que decidirão sobre sua implementação.
O impasse envolve principalmente os ímãs de terras raras, essenciais para veículos elétricos e dominados pela produção chinesa. Em abril, a China suspendeu exportações do material, o que gerou rupturas em cadeias de fornecimento e reação imediata dos EUA, que restringiram o envio de produtos estratégicos.
Nos últimos dias, sinais de afrouxamento surgiram na China. Empresas como JL MAG Rare-Earth, Innuovo Technology e Zhong Ke San Huan informaram ter obtido novas licenças de exportação. A medida é interpretada como parte dos esforços para cumprir os termos do novo entendimento.
Se a estrutura não for formalizada até 10 de agosto, tarifas bilaterais voltarão a subir drasticamente. As taxas dos EUA saltarão de 30% para 145%, enquanto as da China poderão subir de 10% para 125%.
Embora o acordo indique avanço na questão dos controles de exportação, ele não resolve divergências maiores sobre o modelo econômico chinês e as tarifas unilaterais adotadas pelos EUA desde o governo Trump.