O MinC lançou o edital Arranjos Regionais do Audiovisual, que irá fomentar produções em todas as regiões do país. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Ministério da Cultura (MinC) lançou o edital Arranjos Regionais do Audiovisual, que irá destinar R$ 300 milhões para fomentar produções em todas as regiões do país. A medida, anunciada durante a abertura do Cine PE, na última segunda-feira (9), tem como foco a nacionalização dos investimentos e o fortalecimento das cadeias produtivas locais.
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A ministra Margareth Menezes afirmou que a política vai além da descentralização e busca garantir que produções de diferentes territórios ganhem visibilidade nacional. O governo federal pretende ampliar as janelas de exibição e garantir que a diversidade cultural brasileira tenha espaço em todas as telas.
Representantes da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e das secretarias estaduais de cultura também participaram da cerimônia, reforçando o papel do audiovisual como vetor de desenvolvimento e geração de emprego nos territórios.
Leandro Mendes, da Ancine, afirmou que o edital tem caráter transformador porque amplia o conceito de nacionalização, reconhecendo produções de territórios historicamente sub-representados. O objetivo é garantir que a pluralidade de visões do cinema brasileiro seja refletida no circuito de exibição.
A chamada destina-se exclusivamente a órgãos e entidades públicas culturais estaduais e municipais — como secretarias, fundações, autarquias e empresas públicas — das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que receberão 70% dos recursos (R$ 210 milhões). A região Sul, além de Minas Gerais e Espírito Santo, terá acesso a 30% do total (R$ 90 milhões). Rio de Janeiro e São Paulo ficam de fora, pois foram contemplados anteriormente com R$ 100 milhões cada.
Entre os municípios, poderão participar apenas capitais e cidades que acessaram recursos dos Arranjos Regionais entre 2014 e 2018. Pessoas físicas, empresas privadas, associações e MEIs estão excluídos desta seleção.
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