A expansão de investimentos ocorre em um cenário de aumento das receitas e despesas do Estado, com as receitas correntes somando R$ 6,79 bi. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Os investimentos do Governo do Ceará atingiram R$ 229,38 milhões nos dois primeiros meses de 2025, alta de 171,46% em relação a igual período de 2024. Na comparação com 2019, o crescimento é de 229,73%, segundo dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
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A expansão de investimentos ocorre em um cenário de aumento das receitas e despesas do Estado, com as receitas correntes somando R$ 6,79 bilhões no período, variação de 9,26% ante 2024 e de 51,02% sobre 2019. Já as receitas de capital chegaram a R$ 315,36 milhões, elevação de 25,52% e 640,20% em relação aos mesmos anos comparativos.
As despesas correntes subiram para R$ 4,83 bilhões, alta de 21,62% frente a 2024 e de 56,56% ante 2019. As despesas de capital totalizaram R$ 557,46 milhões, aumento de 50,07% na comparação anual e de 125,37% em relação a 2019.
O relatório “Enfoque Econômico nº 295“, elaborado pela Diretoria de Estudos Econômicos do Ipece, detalha a execução orçamentária estadual no início do ano e aponta aumento expressivo nas transferências correntes, que sustentaram parte do crescimento da receita.
A Receita Corrente Líquida (RCL) do Ceará cresceu 30,79% entre 2019 e 2025 e 4,48% em relação ao primeiro bimestre de 2024. O principal fator foi o avanço das transferências correntes, que aumentaram 42,7% desde 2019 e 2,4% sobre o ano anterior.
A arrecadação de ICMS também mostrou evolução: alta de 12,7% em relação a 2019 e 2,7% frente a 2024. Segundo o Ipece, o maior dinamismo ocorreu até 2024, com tendência de estabilidade em 2025.
O analista Paulo Araújo Pontes, autor do estudo, avalia que o Ceará apresenta sinais de equilíbrio fiscal. No entanto, destaca que, entre 2024 e 2025, as despesas correntes cresceram em ritmo mais acelerado que as receitas.
As despesas com pessoal continuam sendo a principal rubrica, com alta de 12,6% na comparação anual, abaixo da média das demais despesas correntes. O estudo conclui que os indicadores apontam para sustentabilidade orçamentária no curto prazo.
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