O aumento foi impulsionado pela intensificação das compras do Brasil, que se consolidou como o maior fornecedor do grão para a China. (Foto: Envato Elements)
As importações chinesas de soja bateram recorde em maio, com 13,92 milhões de toneladas, segundo dados da alfândega local. O volume é mais que o dobro do registrado em abril, quando já havia crescido 73% em relação a março. O aumento foi impulsionado pela intensificação das compras do Brasil, que se consolidou como o maior fornecedor do grão para a China.
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Na primeira semana de abril, tradings e processadoras chinesas fecharam contratos para pelo menos 40 embarques brasileiros. Essa escalada nas importações reflete o temor de uma nova rodada de tensões comerciais com os Estados Unidos, principal concorrente do Brasil no mercado de soja. Pequim teme que eventuais tarifas ou entraves logísticos encareçam a commodity nos próximos meses.
Apesar de a China ter anunciado em maio uma trégua que reduziu tarifas sobre todos os produtos norte-americanos, ainda permanecem em vigor sobretaxas aplicadas anteriormente sobre a soja e outros itens agrícolas dos EUA.
Os dois países devem retomar as negociações comerciais nesta segunda-feira (9), em Londres. A rodada anterior, em Genebra, abriu espaço para redução de barreiras, mas não resultou na suspensão completa das tarifas sobre grãos norte-americanos.
Enquanto isso, a China intensifica a diversificação de seus fornecedores. Embora os Estados Unidos ainda tenham presença relevante, o Brasil tem ampliado sua fatia no comércio agrícola com o país asiático.
A movimentação reforça o papel estratégico do Brasil no agronegócio internacional e a crescente dependência da China das exportações sul-americanas em um cenário de instabilidade geopolítica.
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