A regulamentação do setor de IA passa por apreciação no Congresso Nacional. (Foto: Henrique Cabral)
O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Henrique Miguel, disse que a prática de efeitos programáticos da utilização das ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para criar conteúdo que se assemelha às ações humanas, as denominadas “IAs generativas”, são pontuações de apreensão internacional e corporativa.
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“Essa temática é uma questão que preocupa todo mundo, todos os países, até mesmo as corporações, porque hoje nós temos ferramentas disponíveis que efetivamente podem levar a esse uso. Às vezes, no início, quando se pensa em fazer, não se tem a visão de causar nenhum dano, nenhum incômodo, muitas vezes foi feito com sentido até de promover, de divulgar, mas acaba se utilizando de bases de informação, imagem, música, estilos, que não deveriam ser utilizados, mesmo estando livres e abertos na internet”, relatou Henrique.
Recentemente no Pará, no município de Ulianópolis, a prefeitura da cidade publicou um vídeo promocional no Instagram com as características de uma IA generativa, o qual causou estranhamento por parte da população que não identificou representações típicas, cenários e costumes culturais da região. Henrique Miguel pontua que o panorama está passando por uma fase de regulação federal legislativa, segundo o qual, o projeto de lei da Inteligência Artificial, conforme o secretário, foi aprovado no Senado no ano passado, e agora está sendo apreciado na Câmara dos Deputados.
De acordo com Henrique, pilares estruturais precisam ser formalizados para o aperfeiçoamento da utilização da ferramenta, como formação e capacitação de recursos humanos. Além disso, ele também aponta que a utilização de IA no setor privado, no comércio, nos serviços, e na área bancária, já é necessária. “Toda a nossa formação bancária e a nossa automação comercial é fonte de tecnologia nacional e que agora incorpora Inteligência Artificial. Do lado público, o governo eletrônico brasileiro, criado no âmbito do poder executivo, é uma tecnologia bastante ampla e importante para a sociedade, e que incorpora também a Inteligência Artificial. Outro setor que também já incorpora a IA é o Judiciário”, frisa.
Ao que refere a linha de atuação do dispositivo no Ceará, Henrique destaca que o estado se encontra conectado com informação e capacitação, além também de centros tecnológicos apoiados pelo Governo Federal, e na realização de atividades de desenvolvimento e pesquisas. O secretário se encontra em Fortaleza, e realizou visita nesta quinta-feira (5) às instalações do Instituto Atlântico, para conhecer os projetos relacionados ao setor.
Em relação aos Data Centers, o secretário do MCTI mencionou que há correlação da utilização dos equipamentos e o critério da energia absorvida, no sentido de impactar na geração energética das cidades e das empresas.
No entanto, enfatiza que a matriz energética nacional é favorável. Ele salienta que o englobamento sistemático passa além da energia, a questão da conectividade, dos recursos humanos e investimentos. “É viável pela capacidade que nós temos de conexão, que é muito rápida, o 5G implantou rapidamente, os cabos de fibra óptica, nós também já temos boas redes, então nós temos uma excelente possibilidade, só que está passando, tem que acelerar e implementar logo essa política”, reforçou.
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