Segundo o Tesouro, esta foi a maior demanda por títulos soberanos em sete anos, com participação predominante de investidores da Europa. (Foto: Envato Elements)
O Tesouro Nacional informou que captou US$ 2,75 bilhões com a emissão de títulos da dívida externa, em operação concluída na última quarta-feira (4). A alta demanda elevou o volume de ordens para US$ 10,9 bilhões, cerca de quatro vezes o valor emitido.
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A emissão foi dividida em dois lotes: US$ 1,5 bilhão com vencimento em 5 anos e rendimento de 5,68% ao ano, e US$ 1,25 bilhão com prazo de 10 anos e retorno de 6,73% ao ano. Os rendimentos finais ficaram abaixo da precificação inicial, que era de até 7,125%.
Segundo o Tesouro, esta foi a maior demanda por títulos soberanos brasileiros em sete anos, com participação predominante de investidores da Europa e da América do Norte, que responderam por 87% da alocação final.
A transação foi liderada pelos bancos BNP Paribas, Citigroup e Santander, sendo a segunda emissão externa realizada em 2025. Em fevereiro, o governo já havia captado US$ 2,5 bilhões com vencimento em 2035.
O Tesouro informou que o objetivo da emissão é fortalecer a liquidez da curva de juros soberana em dólar, criando uma referência para o setor corporativo brasileiro no exterior. A iniciativa também visa antecipar parte dos vencimentos de dívida externa.
A dívida externa responde por uma fatia reduzida do total da Dívida Pública Federal. Em abril, os papéis atrelados ao câmbio representavam 4% do estoque total. A meta do Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2025 é manter essa participação entre 3% e 7%.
Em maio de 2024, o governo solicitou ao Senado a ampliação do limite legal de emissões externas de US$ 75 bilhões para US$ 125 bilhões. A medida busca viabilizar um plano de longo prazo voltado à emissão de títulos sustentáveis.
A equipe econômica tem reiterado que as emissões não visam o financiamento direto do governo, mas sim servir de benchmark para o mercado privado. Esse modelo busca estimular a entrada de empresas brasileiras no mercado internacional de capitais.
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