As compras de investidores internacionais somaram R$ 327 bilhões em maio, a maior cifra desde agosto de 2024. (Foto: Envato Elements)
Os investidores estrangeiros voltaram a movimentar a bolsa brasileira com intensidade. Em maio de 2025, foram aportados R$ 10,66 bilhões em ações, maior volume mensal desde dezembro de 2019, quando o valor chegou a R$ 17,65 bilhões, segundo a Elos Ayta Consultoria.
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O saldo líquido considera tanto negociações no mercado secundário quanto captações primárias, como IPOs e Follow-Ons. Mesmo sem essas operações, o fluxo se manteve robusto: R$ 10,58 bilhões apenas em compras e vendas no mercado secundário, o maior valor em cinco anos.
Esse movimento mostra uma retomada consistente da participação estrangeira, que vinha moderada desde o início de 2020. A tendência se destaca pelo volume e pela constância dos aportes, apontando maior confiança nos ativos locais.
O comportamento ocorre em um cenário de maior liquidez global e reprecificação de riscos em mercados emergentes, com investidores buscando diversificação fora de economias centrais.
As compras de investidores internacionais somaram R$ 327 bilhões em maio, a maior cifra desde agosto de 2024, quando o total havia sido de R$ 339,8 bilhões. Esse também foi o segundo mês seguido de alta no indicador.
Em março, o volume financeiro dessas compras havia sido de R$ 272,2 bilhões, o que reforça a tendência de crescimento. Do lado das vendas, houve recuo: de R$ 323,4 bilhões em abril para R$ 316,4 bilhões em maio.
Com isso, além de ampliar os aportes, o investidor estrangeiro reduziu a intensidade das saídas. O resultado é um saldo positivo mais expressivo e contínuo, o que não ocorria desde o início do ciclo de alta de juros globais.
No acumulado do ano, o saldo líquido de aportes externos na bolsa brasileira soma R$ 21,52 bilhões, considerando também ofertas públicas. Sem IPOs e Follow-Ons, o total chega a R$ 21,09 bilhões, revertendo os R$ 32,1 bilhões negativos do mesmo período de 2024.
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