A equipe técnica do FMI considera apropriado o ciclo de alta da Selic iniciado em 2024, visando manter flexibilidade na política de juros. (Foto: Yuri Gripas/Reuters)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025, passando de 2,0% para 2,3%. A projeção reflete discussões da missão técnica do FMI com autoridades locais durante a consulta anual do Artigo IV, uma avaliação periódica da economia dos países.
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O avanço ocorre após o IBGE divulgar alta de 1,4% no PIB do primeiro trimestre, impulsionada pelo desempenho do setor agropecuário. Para 2024, o crescimento estimado é de 3,4%, mas o FMI prevê moderação nos próximos anos devido ao aperto monetário e à incerteza global.
O relatório destaca que a inflação deve atingir 5,2% até o fim de 2025, antes de convergir gradualmente à meta de 3% até 2027. A política do Banco Central, segundo o Fundo, está alinhada com o controle da inflação, especialmente após a elevação da taxa Selic para 14,75%.
A previsão de médio prazo é de expansão de 2,5% ao ano, sustentada pela normalização da política monetária, reformas estruturais e crescimento do setor de energia.
A equipe técnica do FMI considera apropriado o ciclo de alta da Selic iniciado em setembro de 2024, visando manter flexibilidade na política de juros diante da incerteza global e da resistência inflacionária.
O Fundo também ressaltou que a continuidade da reforma tributária, especialmente com a implementação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), deve dar suporte ao crescimento. O mesmo vale para o Plano de Transformação Ecológica e para a expansão da produção de hidrocarbonetos.
Apesar das projeções positivas, o FMI alerta para riscos com viés negativo no cenário global. No entanto, destaca que o Brasil conta com reservas internacionais robustas, sistema financeiro sólido e câmbio flutuante como fatores de resiliência.
No campo fiscal, o FMI recomenda um esforço mais ambicioso para estabilizar a dívida pública e defende um arcabouço fiscal mais eficaz, aumento da arrecadação e controle de gastos como medidas necessárias para viabilizar investimentos e reduzir juros.
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