O Flow foi lançado como concorrente direto do Sora, ferramenta de geração de vídeo da OpenAI, criadora do ChatGPT. (Foto: Reprodução)
O Google apresentou na última semana o Flow, ferramenta baseada em inteligência artificial (IA) capaz de gerar vídeos com imagem, som e enquadramento cinematográfico a partir de comandos em texto. A tecnologia utiliza os modelos Veo 3 e Imagen 4 para transformar prompts em cenas com narrativa coesa, personagens definidos, paisagens realistas e elementos como diálogos e efeitos sonoros.
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O sistema permite importar imagens e montar cenas complexas com apoio de um editor integrado. Para obter melhores resultados, o usuário precisa descrever detalhadamente os elementos visuais, sonoros e técnicos do vídeo. Frases como “faça um close no rosto” ou “ilumine a lateral do personagem” ajudam a direcionar a criação. A precisão no comando é essencial, já que o Flow responde com maior fidelidade a prompts detalhados e objetivos.
O Flow foi lançado como concorrente direto do Sora, ferramenta de geração de vídeo da OpenAI, criadora do ChatGPT. A grande novidade é a integração com o Gemini, sistema de IA do Google, que permite ajustes na narrativa em tempo real, via texto ou voz.
A tecnologia Veo 3 garante continuidade entre cenas, compreensão de comandos longos e sincronização entre som e imagem. Para evitar o uso indevido, como a criação de deepfakes, o sistema incorpora o SynthID, marca d’água invisível que identifica vídeos gerados por IA sem comprometer a estética.
Apesar dessas medidas, o avanço da IA no audiovisual gera preocupação. Segundo relatório da Animation Guild, nos EUA, mais de 100 mil empregos no setor podem ser impactados até 2026.
O Flow está disponível no Brasil desde a última semana. Para usá-lo, é necessário assinar os planos Google AI Pro ou Google AI Ultra, com preços iniciais de R$ 96,99 e R$ 609 por mês, respectivamente.
A ferramenta é voltada a profissionais e empresas que buscam automatizar etapas técnicas do processo criativo. O Google afirma que o objetivo não é substituir humanos, mas liberar tempo para decisões estratégicas.
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