O avanço é reflexo da quarta onda da tecnologia blockchain, mais madura e com maior participação de governos e empresas. (Foto: Envato Elements)
O cenário geopolítico pós-Trump reacendeu o interesse por mercados emergentes. Investidores como Paulo Passoni, sócio da Valor Capital, veem o Brasil como peça estratégica, não só em commodities e agro, mas também em tecnologias como o blockchain.
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A tese da gestora americana aponta que o Brasil está na dianteira da corrida pela tokenização de ativos. “O Brasil vai exportar blockchain. O país é o laboratório do mundo para o teste em escala de blockchains como infraestrutura para tokenização de ativos reais”, afirma Passoni a Bloomberg.
O Drex, moeda digital em desenvolvimento pelo Banco Central (BC), é um exemplo. O projeto visa reduzir custos, aumentar liquidez e democratizar o acesso a ativos como imóveis e ações. Além disso, Smart contracts e registros descentralizados podem impulsionar negócios internacionais, facilitando a entrada de capital estrangeiro e a exportação de produtos digitais brasileiros.
A adoção de stablecoins cresce em economias latino-americanas. Embora o Brasil não seja o centro do fenômeno, o país já concentra 90% dos fluxos de criptoativos em moedas estáveis, de acordo com o Banco Central.
O avanço é reflexo da quarta onda da tecnologia blockchain, mais madura e com maior participação de governos e empresas, segundo o investidor. Casos como o euro digital reforçam a legitimidade da infraestrutura descentralizada no ambiente financeiro global.
Além da tecnologia, Passoni destaca oportunidades em setores tradicionais. O Brasil, segundo ele, pode conquistar nichos globais em que tem eficiência comprovada e produto competitivo.
*Com informações da Bloomberg Línea.
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