OCDE reduz previsão de crescimento da economia global para 2025 e 2026

Por: redação | Em:
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No Brasil, a OCDE manteve a estimativa de crescimento em 2,1% para 2025 e um leve aumento, de 1,4% para 1,6%, em 2026. (Foto: Divulgação/OCDE)

A OCDE revisou para baixo sua previsão de crescimento da economia mundial, estimando expansão de 2,9% em 2025 e 2026. O novo relatório, divulgado nesta terça-feira (3), aponta que as tensões comerciais e a incerteza gerada pelas políticas do presidente americano Donald Trump devem impactar especialmente os Estados Unidos.


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Em março, a organização previa crescimento de 3,1% para 2025 e de 3% para 2026. A redução está associada ao aumento do protecionismo, que desestabilizou mercados e elevou a volatilidade global. Desde janeiro, Trump impôs tarifas amplas sobre importações, afetando inclusive aliados estratégicos. Como consequência, medidas de retaliação por parte de outros países ampliaram o clima de incerteza. 

A OCDE afirma que os riscos aumentaram de forma significativa e que o impacto será sentido globalmente, com maior intensidade nas economias da América do Norte.

OCDE: EUA lideram desaceleração global

Segundo a OCDE, a previsão de crescimento dos EUA caiu de 2,2% para 1,6% em 2025 e em 2026, o ritmo deve se manter baixo, com expansão de apenas 1,5%. A queda reflete o aumento nas tarifas de importação e a resposta de parceiros comerciais.

A inflação nos EUA deve fechar 2025 em 3,2%, acima da meta de 2% do Federal Reserve, impulsionada por preços mais altos ao consumidor. Para o G20, a expectativa é de inflação moderada: 3,6% em 2025 e 3,2% em 2026.

Crescimento da China e do Brasil

A China teve sua projeção revisada de 4,8% para 4,7% em 2025. As tarifas anunciadas pelos Estados Unidos afetam diretamente o desempenho do país, segundo o relatório. Enquanto no Brasil, a OCDE manteve a estimativa de crescimento em 2,1% para 2025 e um leve aumento, de 1,4% para 1,6%, em 2026.

Além disso, o consumo das famílias segue como principal motor da economia brasileira, impulsionado pelo aumento real dos salários. A inflação deve permanecer acima da meta de 3% nos próximos dois anos.

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