Na América Latina, o uso de criptoativos cresceu 42,5% em volume de transações, conforme o relatório Geography of Cryptocurrency 2024. (Foto: Envato Elements)
O uso de criptoativos evoluiu de solução descentralizada para motor de transformação econômica. Com governos acelerando regulamentações para acompanhar o crescimento do mercado e países como Brasil, Argentina e Colômbia já adotam marcos legais específicos.
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Na América Latina, o uso de criptoativos cresceu 42,5% em volume de transações, conforme o relatório Geography of Cryptocurrency 2024, da Chainalysis. O destaque está na atuação de investidores institucionais, que movimentam cifras acima de US$10 mil, sinalizando maturidade no setor e interesse crescente por parte de grandes agentes econômicos.
Para Paolo Ardoino, CTO da Bitfinex, a América Latina tem tudo para liderar esse movimento. “Acreditamos muito no potencial da região para abraçar esse novo modelo representado pelo Bitcoin, pelas stablecoins e por todo o ecossistema cripto”, afirma. Além disso, Ardonio destaca que uma regulamentação clara e tecnicamente sólida ajuda a “criar confiança, atrair investimento e fortalecer o mercado”.
Quando há segurança jurídica, os investidores sentem mais confiança para colocar dinheiro no setor. Eles passam a enxergar o mercado cripto como uma estrutura sólida, com regras, tecnologia e liquidez suficientes para planejar no longo prazo. E, para os investidores, três coisas são prioridades: segurança, compliance e acesso às melhores ferramentas para gerenciar seus ativos.
Centenas de empresas na América Latina, incluindo family offices, fundos de investimento, grandes corporações e até órgãos públicos, estão adotando cripto não apenas por tendência, mas por entenderem seu papel estratégico nas finanças. Isso serve para diversificar investimento, proteger contra inflação, cortar custos e ganhar autonomia financeira. Segundo a Bitfinex, o mercado deixou de ser só especulação, e hoje faz parte do planejamento financeiro de quem pensa grande.
Hoje, quem gerencia fundos, tesourarias de empresas e patrimônios familiares já entende que cripto não é concorrente do mercado tradicional, é complemento. Essa integração ajuda a reduzir riscos, traz mais estabilidade e abre portas para acessar mercados e oportunidades que o sistema financeiro tradicional, sozinho, não alcança.
Will Hernández, gerente de desenvolvimento de negócios da Bitfinex na América Latina, comentou: “Nosso trabalho não é ficar discutindo se o mercado vai adotar ou não cripto no futuro. A gente mostra que a infraestrutura já existe e funciona. Vemos a região como um mercado com base financeira sólida, tecnologia e vontade real de modernizar e seguimos apostando nisso, construindo pontes entre os dois mundos”.
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