Liga Árabe composta por 22 países, países produtores de azeite, azeitonas e tâmaras. O Brasil tem negócios com o grupo, estimados em US$ 33,87 bilhões. (Foto: Envato Elements)
A analista de Relações Institucionais da Câmara Árabe, Elaine Prates, afirmou que a demanda predominante com maior viabilidade para aumentar exportações do Ceará para a Liga Árabe, bloco econômico composto por 22 países, é o potencial dos produtos cosméticos e o setor de vestuários.
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Elaine Prates reforça que o estado cearense se destaca como importador de fertilizantes para o bloco comercial, com ênfase, segundo ela, para Marrocos e Egito. A especialista destaca que além dos fertilizantes, esses países são grandes produtores de azeite, azeitonas e tâmaras.
“São produtos típicos e, por qual, embora o Brasil possa ter uma produção de azeite, não compete com a qualidade histórica do que é produzido ali na Jordânia, Marrocos e outros países da região. Então tem esse potencial de se aumentar o consumo no Ceará, desses produtos provenientes desses países, o que é algo que a CâmaraÁrabe busca fazer”, reforça.
Segundo a Câmara Árabe, no comércio bilateral, o Brasil mantém negócios com a Liga Árabe estimados em US$ 33,87 bilhões. De acordo com Elaine Prates, a missão da entidade relacionada ao Brasil é diversificar o plano de convergência comercial árabe para outras regiões do país, e não ficar centralizado apenas no Sudeste.
Ela aponta que o país é hoje o maior fornecedor do mundo da proteína Halal, ou seja, certificada conforme as leis islâmicas. “Eles têm uma confiabilidade muito grande da carne brasileira, porque mesmo o país não sendo um país muçulmano, ele é o maior produtor de proteína Halaldo mundo, nem os Estados Unidos batem o tamanho da produção brasileira”, ressalta.
A especialista ministrou palestra nesta terça-feira (3), na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), e menciona que o perfil do brasileiro no que se refere a absorção de outras culturas e também do emblemático processo migratório árabe no Brasil, como por exemplo conforme ela, a sírio-libanesa, são fatores que contribuem para a confiança fraternal entre as nações. “Eles gostam de estabelecer negócios e confiam nos parceiros brasileiros, e isso abre porta de outros setores”, enfatiza Prates.
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