Para a empresária do ramo, a preservação dos biomas em conjunto a transição energética são essenciais para atrair investimentos. (Foto: Opencadd)
A CEO da Energo Soluções em Energias, Marília Brilhante, afirma que a transição energética no Brasil vai além da substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis. Segundo ela, a sistemática perpassa pela conservação dos biomas abrigados na Amazônia, no Cerrado, no Pantanal, na Mata Atlântica, na pampa e na caatinga.
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“A vegetação nativa regula o ciclo das águas, contribui para a estabilidade do clima e ajuda a manter condições favoráveis à operação de hidrelétricas, ainda responsáveis por boa parte da nossa eletricidade. Quando os biomas são degradados, os impactos são imediatos: redução dos volumes de rios, aumento da frequência de secas e necessidade de acionar fontes mais caras e poluentes, como termelétricas”, relata a empresária.
Marília enfatiza que a preservação do meio ambiente é fundamental para assegurar a expansão da energia solar e eólica, o qual segundo ela, panorama essencial para um futuro de baixo carbono. “A Caatinga, por exemplo, é o único bioma exclusivamente brasileiro e cobre quase toda a região semiárida do Nordeste. Com alta incidência solar e bons ventos, ela abriga alguns dos maiores complexos de geração renovável do país. No entanto, a desertificação crescente e a perda de vegetação nativa colocam esse potencial em risco, alterando microclimas e aumentando a insegurança hídrica e fundiária”, alerta a CEO.
Segundo Marília, manter este alinhamento saudável significa proporcionar condições ideais para o crescimento sustentável da energia limpa, além de que ela aponta a garantia do equilíbrio ambiental, a previsibilidade climática e o apoio das comunidades locais. “Fatores essenciais para atrair investimentos e consolidar o Brasil como líder global em energia renovável. No nosso país, proteger a natureza não é só uma causa ambiental, é uma estratégia inteligente de transição energética”, pontua.
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