A quantidade de inadimplentes alcançou patamares altos batendo recorde, contabilizando 70,29 milhões de brasileiros. (Foto: Envato Elements)
No mês de abril deste ano, a inadimplência alcançou patamares altos batendo recorde para o período, contabilizando 70,29 milhões de brasileiros com o nome negativado, informações levantadas pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serasa Brasil. O número representa 42,36% da população adulta e, segundo as entidades, é reflexo do impacto do alto custo de vida, do endividamento das famílias e dos juros elevados.
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A maioria das dívidas se concentra no setor bancário (66,95%), seguido por contas de água e luz (9,78%) e comércio (9,64%). A faixa etária mais afetada é a de 30 a 39 anos, com mais de 17 milhões de endividados.
No mês de março, conforme o relatório Risk Trends, o aumento da inadimplência ocorreu em produtos como cartão de crédito e cheque especial. Segundo o levantamento realizado pela entidade, a configuração de endividamento incidiu a marca de 7,3% em operações com atraso superior a 15 dias. Conforme a Risk Trends, o panorama preocupa tanto instituições financeiras quanto empresas especializadas em recuperação de crédito.
Nos ativos afetados, o cheque especial segue como o campeão de risco, com 17,63% de inadimplência, num volume acima de 15 dias, e 11,27% em atraso superior a 90 dias. Os cartões de crédito, registraram 10,69% de inadimplência, no prazo superior a 15 dias, sendo que alcançou a porcentagem de 7,60% com mais de 90 dias em aberto.
“O aumento da inadimplência não é apenas um problema financeiro, é um termômetro do consumo, da renda e da saúde econômica do país. Nosso papel enquanto setor é buscar a recuperação de crédito com diálogo, transparência e foco na reinserção do consumidor ao mercado”, salienta o presidente do Instituto Gestão de Excelência Operacional em Cobrança (IGEOC), Rodrigo Mandaliti.
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