No 1º trimestre de 2025, o mercado de consórcio alcançou o montante de R$ 105,38 bilhões, registrando alta de 36,4%. (Foto: Envato Elements)
Apesar dos juros altos da taxa Selic, e o mecanismo financeiro impactar na solicitação de financiamento, o mercado de consórcio tem se destacado frente ao cenário. De acordo com dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), no primeiro trimestre de 2025, o volume de créditos comercializados alcançou a cifra de R$ 105,38 bilhões, alta de 36,4%, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
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Neste período, foram vendidas 1,23 milhão de cotas de consórcio, número que só foi atingido em abril do ano passado. Os consórcios convergem para bens de veículos, imóveis e até máquinas agrícolas. A modalidade se destaca dentre os três produtos financeiros mais procurados por brasileiros em 2025, com 45% das intenções de contratação, conforme pesquisa da Google em parceria com a Offerwise.
“Sem cobrança de juros, o consórcio permite que famílias das classes C, D e E adquiram bens com parcelas mais acessíveis do que as encontradas em financiamentos, o que amplia significativamente o poder de compra dessas faixas de renda. Já para o público de maior renda, é uma forma de preservar o capital aplicado, evitando a descapitalização imediata para compra de imóveis, veículos ou serviços”, enfatiza o Head de Serviços Financeiros e CFO do Grupo Bamaq, Pindaro Sousa.
Vantagem do panorama é que no esboço tributário não há cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF, presente em operações como empréstimos e financiamentos. “Com os juros elevados, o consórcio se torna ainda mais competitivo frente ao financiamento. É uma forma inteligente de planejar aquisições sem pagar juros, com potencial de valorização dos bens adquiridos. Além disso, funciona como ferramenta de educação financeira, já que exige disciplina e visão de longo prazo”, reforça Pindaro Sousa.
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