Dados do Sebrae apontam que em 2024 as mulheres empreendedoras representavam 46,8% dos negócios em fase inicial. (Foto: Envato Elements)
O desenvolvimento do protagonismo feminino mundial se encontra numa vertente proativa, e se consolidando no Brasil, porque conforme dados do Sebrae, em 2024 as mulheres representavam 46,8% dos empreendedores iniciais. Segundo a presidente do Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC), Ana Claudia Badra, atualmente existem mais de 10 milhões de mulheres à frente de empresas no país.
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“Demonstrando competência, capacidade de liderança, criatividade, resiliência e, apesar dessa frente de empreendedoras movimentar boa parte da nossa economia, a grande maioria não tem acesso ao crédito bancário, o que é fundamental para que elas possam expandir e tornar seus negócios mais competitivos”, avalia Ana Claudia.
De acordo com a gestora, essas mulheres comprovam seus cases de sucesso nos respectivos empreendimentos, além de responsabilidade financeira. No entanto, segundo Ana Claudia, no primeiro trimestre de 2024, as mulheres solicitaram 40% das operações de crédito concedidas, mas deste montante receberam apenas 29,4%, o que corresponde a cerca de R$ 32 bilhões de um total liberado para o setor de R$ 109 bilhões.
“Ainda, segundo o Sebrae, no ano passado apenas 6% das mulheres conseguiram apoio de instituições financeiras para abrir seus negócios e o restante iniciou com recursos próprios. E esse cenário fica pior quando analisamos os custos, pois nossas empresárias ainda pagam taxas de juros mais altas, uma média anual de 40,6%, contra 36,8% para empresas lideradas por homens. E isso ainda acontece mesmo com níveis semelhantes de inadimplência”, relata Ana Claudia.
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