Presidente da Fiec afirma que taxas de juros atrapalham investimentos na indústria

Por: Eleazar Barbosa | Em:
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A declaração foi efetivada durante coletiva de imprensa realizada na Alece, em alusão às celebrações dos 75 anos da Fiec. (Foto: George Lucas)

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, afirmou que apesar da expansão do setor industrial cearense no primeiro semestre deste ano, as taxas de juros implementadas pelo Banco Central, consideradas por Cavalcante, como as maiores da história, contexto que conforme o presidente da Fiec, atrapalha o crescimento e os investimentos na indústria.  


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A declaração foi efetivada durante coletiva de imprensa realizada ontem (13) na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), em alusão às celebrações dos 75 anos da Fiec. Na ocasião, Cavalcante disse que no monitoramento no setor da indústria se constata que no Ceará, foram efetuados 370 mil empregos com carteira assinada, o qual segundo ele, o segmento é responsável por 30,8% de todas as carteiras assinadas da atividade privada do estado. “Os parabéns vão para todos os industriais, que são essas pessoas determinadas, resilientes, que fazem do seu dia a dia, o crescimento da indústria do estado do Ceará, e também agradecer a todos os colaboradores da indústria. Sem eles a gente não faz nada, não são máquinas que transformam a indústria, são as pessoas”, mencionou Cavalcante.

O presidente da Alece, o deputado estadual Romeu Aldigueri (PSB), relatou que a Fiec é uma entidade importante no sentido de fomentar as riquezas do Ceará, gerando emprego e renda, tanto na capital quanto no interior do estado. “Eu costumo dizer que o melhor do Ceará é o cearense, a sua capacidade, o seu discernimento, o empreendedorismo. Nós estamos aqui para homenagear todos os industriais do Ceará, que fazem com que hoje o PIB do Ceará cresça muito mais que o do Brasil, o PIB industrial no passado cresceu mais do que o do país”, reforçou o parlamentar.  

O presidente do BSPAR, Beto Studart, comparou que o movimento industrial atual em relação ao passado mudou radicalmente, e que a conjuntura está preparada para continuar se desenvolvendo como vanguarda. Ele aponta, neste contexto, o Complexo do Pecém, o aeroporto de Fortaleza, e o Observatório da Indústria, como elementos de infraestrutura que recepciona os novos talentos empresariais que estão surgindo.

presidente do BSPAR, Beto Studart
Foto: George Lucas

Beto Studart avalia que há essa diferença considerável, no entanto, ele destaca que em cada momento se representava um panorama daquilo que era de ponta na indústria. O empresário enfatiza que o ecossistema da energia alternativa é irreversível. “Não tem como você conviver hoje com a energia fóssil, isso aí não existe mais. Então ela não vai emplacar mais não, ela já emplacou, ela é verdade, taí para traçar com a gente, alimentar a indústria, com essa matéria-prima fundamental para o desenvolvimento de todas as unidades fabris, a eólica e a fotovoltaica, principalmente”, reforça.     

O ex-presidente da Fiec, Fernando Cirino Gurgel, relatou que durante a respectiva gestão, em 1992, se caracterizou pelo dinamismo e a evolução da mecânica para a eletrônica, no caso, a transição para a computação e a internet. Ele ressalta também a dicotomia do problema da estiagem e robótica. “Naquele tempo nós tivemos seca prolongada no estado do Ceará. Nós tínhamos o programa do Sopão para dar alimentação às pessoas, e tinha o desafio dos primeiros robôs que chegaram no Senai, fui eu quem trouxe na década de 90. Então era o lado da miséria e o lado da evolução. E a gente tinha que conviver com as duas coisas, e não desanimar. Mantivemos aquela escola na Barra do Ceará, automotiva e tudo lastreado na eletrônica, então faltava mão de obra para o pessoal naquela época, essa escola foi montada e continua em evolução, como agora, com a Inteligência Artificial muita gente vai ser treinada, porque o mundo está numa evolução exponencial”, pontua.

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