Ceará, protagonista na transição energética no Brasil, agora se posiciona como um elo entre o futuro digital e a economia de baixo carbono. (Foto: Envato Elements)
O Brasil caminha para um novo salto em sua matriz energética, impulsionado por duas tendências globais: a produção de hidrogênio verde e a expansão dos data centers. No centro desse movimento está o Ceará, que vem aparecendo como polo estratégico tanto na geração quanto no consumo de energia limpa.
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Com projetos já em desenvolvimento, a produção de hidrogênio verde no estado deverá acrescentar uma carga significativa à rede elétrica. Estima-se que, somados, os empreendimentos previstos até 2037 possam exigir mais de 30 gigawatts de potência instalada. Complexos industriais voltados à produção de amônia verde e grandes eletrolisadores exigirão fornecimento contínuo de energia renovável, segura e escalável — algo que o estado pode oferecer com seu potencial eólico e solar.
Paralelamente, a transformação digital acelera a chegada de centros de processamento de dados. A instalação de data centers de grande porte deverá adicionar outros 9 gigawatts à demanda nacional até 2035, com o Ceará figurando entre os principais destinos desses investimentos. Esses centros demandam energia de qualidade, com alta disponibilidade e rastreabilidade ambiental, alinhando-se à vocação do estado para fornecer eletricidade de baixo carbono.
Esse novo perfil de consumo exige atenção. O crescimento acelerado da carga impõe desafios logísticos, técnicos e regulatórios. A expansão da infraestrutura de transmissão, o reforço de subestações e o aprimoramento dos processos de conexão serão essenciais para evitar gargalos e garantir a fluidez dos novos empreendimentos.
O Ceará, que já protagoniza a transição energética no Brasil, agora se posiciona como um elo entre o futuro digital e a economia de baixo carbono. Com planejamento adequado, o estado pode transformar esse cenário em desenvolvimento duradouro e sustentável.
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