Mães com a missão de ensinar sobre empreendedorismo aos filhos

Por: Eleazar Barbosa | Em:
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mãe ensina sobre finanças e empreeendedorismo

Para as mães, a casa é um ambiente confiável e confortável para falar sobre finanças e ainda há a certeza do que está sendo ensinado. (Foto: Envato Elements)

Neste domingo (11) é celebrado o Dia das Mães e a constatação realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no ano passado é que 67% de empreendedoras do Brasil possuem filhos, e ainda, segundo análise absorvida pela startup paranaense Investeendo, o desafio do perfil é conciliar a atribuição de empreender e gerar renda aos cuidados da maternidade, além de inspirar e ensinar o empreendedorismo para os próprios filhos. 


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“Em casa é um ambiente confiável e confortável para falar sobre finanças e ainda temos a certeza do que está sendo ensinado. O que percebemos nas redes sociais e na TV, é um bombardeio de informações equivocadas, orientando sobre jogos de apostas, ao ganho fácil de dinheiro, investimentos baixos com retornos mirabolantes e a gastos desenfreados. Estão produzindo jovens que compram por impulso, que se endividam facilmente, e com pouco ou nenhum conhecimento sobre investimentos”, destaca a sócia-fundadora da Investeendo, Vanessa Motta.  

A filha Mariana, ao lado da mãe, Vanessa. (Foto: Divulgação)

Através da metodologia da startup, a gestora atua no ensino da educação financeira e empreendedora para crianças e adolescentes, utilizando mecanismos pedagógicos de jogos digitais, que alia o lúdico aos ensinamentos sobre temas como investimentos seguros, empréstimos, e compra e venda.

A história de mãe e filha se entrelaçam na conjuntura, porque a filha de Vanessa, a administradora de empresas Mariana Motta, também é cocriadora da startup, e segundo a filha, Vanessa iniciou os ensinamentos sobre empreendedorismo na adolescência. “Desde cedo, minha mãe falava e me ensinava sobre o que fazer para receber dinheiro, como gastar e quanto poupar para que eu conseguisse comprar alguma coisa que eu quisesse muito”, relata Mariana.

A administradora de empresas recorda que os ensinos adquiridos alinhados no sentido de entender a logística a incentivou a buscar ganhar o próprio dinheiro e motivou a mãe a iniciar o respectivo negócio na escola. “Eu era menor de idade e não podia ter um trabalho convencional, então tivemos a ideia de começar a vender balinha de brigadeiro gourmet. Eu produzia e vendia nos intervalos das aulas. No primeiro dia eu vendi absolutamente tudo, no segundo, tudo também, e tive que começar a aumentar minha produção para dar conta da demanda. Fazíamos juntas análises de custos e lucro e colocava no papel o quanto precisava guardar para o meu objetivo maior. Alguns meses se passaram e consegui comprar meu primeiro celular, e o melhor: com o meu próprio dinheiro”, ressalta Mariana.

No contexto, de acordo com a mãe, ela enfatiza que sempre buscou instruir a filha num direcionamento lúdico e divertido. Ela reforça que sempre teve a apreensão no quesito de repassar os paradigmas de educação financeira, porque a matéria não é implementada na grade escolar. “Esta é uma certeza na vida: de que iremos lidar com dinheiro em algum momento”, finaliza Vanessa. 

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