O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anuncia nesta quarta-feira (8), às 18h30, a nova taxa básica de juros. A expectativa majoritária do mercado é por uma alta de 0,5 ponto percentual, o que elevaria a Selic para 14,75% ao ano — maior patamar desde agosto de 2006.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente
Essa deve ser a sexta elevação consecutiva e a primeira desaceleração após três aumentos seguidos de um ponto percentual. A Selic está atualmente em 14,25%, mesmo nível registrado durante a crise econômica de 2016.
No mesmo dia, o Federal Reserve (Fed) dos EUA também definirá sua taxa de juros, o que pode impactar o câmbio e a inflação global. Com a recente política tarifária americana, a expectativa de analistas é de desaquecimento da economia internacional e recuo da inflação, o que pode abrir espaço para cortes na Selic até o fim do ano.
O mercado estima que o Copom faça mais um ajuste em junho, levando a taxa a 15%. Segundo o Boletim Focus, a projeção para o fim de 2025 é de Selic a 14,75%, com queda para 12,5% até o final de 2026.
Alta da Selic expõe desequilíbrios internos
A elevação dos juros busca conter o consumo e reduzir a inflação, mas também evidencia os desafios fiscais do país. Para especialistas, o aumento da Selic pressiona ainda mais o setor público, já altamente endividado, e limita a recuperação da economia.
Diretores do BC têm sinalizado o fim da política de “forward guidance” após maio, diante da imprevisibilidade do cenário externo. A decisão desta quarta será acompanhada de perto por investidores que buscam sinais sobre os próximos passos da política monetária.
Saiba mais:
Renda média recorde no Brasil: quais setores puxaram a alta?
Cada vez mais equipada, Receita Federal recebe declarações até 30 de maio