Um estudo do Boston Consulting Group (BCG) estima que a economia verde poderá gerar US$ 11 trilhões em valor global até 2040. O levantamento, baseado em dados da Agência Internacional de Energia (IEA), aponta que países como o Brasil podem aproveitar recursos naturais abundantes para ampliar sua participação nesse mercado.
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A maior expansão esperada está em minerais críticos, usados em baterias e motores elétricos, que devem passar de US$ 100 bilhões para US$ 700 bilhões até 2040. Já o setor de tecnologias sustentáveis, como energia solar, eólica e veículos elétricos, deve crescer de US$ 800 bilhões para US$ 4,6 trilhões.
Os materiais industriais verdes, como aço e plásticos descarbonizados, têm projeção de alta de US$ 500 milhões para US$ 3,6 trilhões. Os serviços verdes, que incluem financiamento sustentável e adaptação climática, devem avançar de US$ 600 bilhões para US$ 2,2 trilhões.
Transição energética impulsiona novas oportunidades
O relatório destaca que as condições econômicas locais devem determinar a posição de cada país nos segmentos verdes. Economias baseadas em recursos devem priorizar exportações, enquanto as mais avançadas podem liderar em inovação e produção de materiais verdes.
O setor financeiro verde é outro destaque, com ativos bancários voltados à sustentabilidade que devem ultrapassar US$ 4,5 trilhões até 2030, com receita anual superior a US$ 75 bilhões. Soluções em TI para gestão energética e contabilidade de carbono devem movimentar US$ 40 bilhões.
O ecoturismo, avaliado em US$ 70 bilhões, e a aviação sustentável também estão em expansão. A adaptação climática pode atrair US$ 500 bilhões anuais em investimentos até 2030, consolidando-se como eixo central no combate às mudanças climáticas.
Políticas públicas serão decisivas para a economia verde
O BCG reforça que políticas públicas adequadas são essenciais para garantir competitividade no mercado verde. Entre as medidas citadas estão a precificação de carbono, a descarbonização das redes elétricas e incentivos a setores sustentáveis.
A economia verde, ao integrar inovação, energia limpa e desenvolvimento sustentável, representa um vetor estratégico de crescimento para países em desenvolvimento. Para o Brasil, o posicionamento nos segmentos de minerais e serviços pode ser decisivo para ampliar sua presença global.
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