De acordo com dados da Sudene, a região Nordeste concentrou 17% dos empregos formais estabelecidos no país no ano passado. (Foto: Envato Elements)
O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os dados da apuração da geração de empregos no país no mês de março deste ano, e conforme a análise do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) até o período, o saldo foi positivo, com a contratação de mais 71.576 postos de trabalho, numa aritmética resultante de 2.234.662 admissões e 2.163.086 desligamentos.
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No agrupamento conjuntural das atividades econômicas positivas, o setor de Serviços lidera, seguido respectivamente pela Construção Civil e Indústria, e no panorama com saldos negativos, pela ordem, os segmentos do Comércio e Agropecuária.
Em março de 2025, foram registrados saldos positivos em 19 das 27 unidades da federação nacional, com destaque para São Paulo (+34.864), Minas Gerais (+18.169) e Santa Catarina (+9.841). No que tange as variações relativas, a ênfase vai para Piauí (+0,48%), Amapá (+0,40) e Goiás (+0,39%).
Segundo a diretora institucional da Fecomércio Ceará, Cláudia Brilhante, no que consiste o setor de Serviços, o segmento alcançou, em dezembro de 2024, no Ceará, a menor taxa de desocupação desde 2012, no índice de 6,5%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela acrescenta que, conforme dados do Caged, em fevereiro de 2025, no Ceará, o setor de Serviços gerou 4.617 empregos, enquanto o Comércio constatou saldo negativo de 1.581 postos de trabalho. No comparativo com o mês anterior, os Serviços haviam criado 7.330 vagas e o Comércio, perdido 2.947.
“É importante considerar que comparações diretas entre períodos podem ser afetadas por fatores conjunturais — como o Carnaval, que em 2025 ocorreu em março, e não em fevereiro como em 2024. Ainda assim, o cenário atual revela um mercado de trabalho mais aquecido e resiliente do que nos anos anteriores”, avalia Cláudia Brilhante.
Em diagnóstico efetuado pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) se averiguou que a região Nordeste concentrou 17% do aparato de empregos formais estabelecidos no país no ano passado. Os estados que se destacaram neste requisito foram, na ordem, Rio Grande Norte, Paraíba, Sergipe e Alagoas, respectivamente na comparação em relação a 2023, um acréscimo percentual de 7,3%, 6,5%, 5,4% e 4,9%, respectivamente.
De acordo com os dados do Boletim Temático Emprego e Rendimento, o setor de Serviços lidera a conjuntura, com 47,1% de estoques de emprego, seguido pelo Comércio (24,7%) Indústria (16,3%), Construção Civil (7,7%) e Agropecuária (3,9%). Na investigação, a Sudene identificou um predomínio da concentração de empregos especialmente nas capitais e imediações. Esse cenário é atribuído a um “conjunto de fatores econômicos, incluindo economias de aglomeração, maior demanda agregada, investimentos públicos estratégicos e um desenvolvimento histórico que gerou um ambiente de negócios mais dinâmico e atrativo”.
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