O recuo, embora reduza pressões inflacionárias, representa riscos para países exportadores de commodities, como o Brasil. (Foto: Envato Elements)
O Banco Mundial prevê queda de 12% nos preços globais de commodities em 2025, com nova retração de 5% em 2026. Segundo o relatório Perspectivas dos Mercados de Commodities, os preços devem atingir os menores níveis da década, ajustados pela inflação.
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A projeção marca o fim do ciclo de alta impulsionado pela recuperação pós-Covid e pela guerra na Ucrânia. Nos próximos dois anos, os valores devem retornar à média registrada entre 2015 e 2019.
A desaceleração global e o aumento de barreiras comerciais explicam o movimento. De acordo com Indermit Gill, economista-chefe do Banco Mundial, o recuo, embora reduza pressões inflacionárias, representa riscos para países exportadores de commodities, especialmente em desenvolvimento, como o Brasil.
Segundo o relatório, os preços de energia devem cair 17% em 2025 e 6% em 2026. O petróleo Brent deve recuar para US$ 64 por barril em 2025 e US$ 60 em 2026, pressionado pela ampla oferta e pela adoção de veículos elétricos, especialmente na China.
O carvão terá retração de 27% em 2025 e de 5% no ano seguinte, devido à desaceleração do consumo em países emergentes. Já os preços dos alimentos devem cair 7% em 2025 e 1% em 2026.
O ouro é a exceção. O preço deve atingir novo recorde em 2025, impulsionado pela busca por ativos seguros, antes de estabilizar em 2026.
Segundo o Banco Mundial, países exportadores devem promover reformas para atrair capital privado. Isso inclui liberalização comercial e disciplina fiscal.
A instituição alerta para a maior volatilidade de preços em 50 anos. A combinação de preços baixos e instabilidade cria novos desafios para economias dependentes de commodities.
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