A unidade será operada pelo Polo Automotivo do Ceará (Pace) e terá capacidade para produzir até 30 mil veículos por ano. (Foto: Divulgação)
A indústria automotiva brasileira ganhará um novo polo de produção de veículos elétricos com o início das atividades da antiga fábrica da Troller, no Ceará. A planta será reativada sob gestão da Comexport, que firmou acordos com duas montadoras para fabricar modelos de novas energias em sistema multimarcas.
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A primeira linha de montagem será iniciada em novembro, com um modelo de uma das fabricantes parceiras. Em 2026, outros dois veículos entram no portfólio: um da mesma marca e outro de uma nova montadora. Os nomes seguem em sigilo, com divulgação prevista entre maio e junho.
Com investimento de R$ 200 milhões, a unidade será operada pelo Polo Automotivo do Ceará (Pace) e terá capacidade para produzir até 30 mil veículos por ano. A planta contratará 200 funcionários a partir de julho.
A operação será baseada no modelo SKD (semimontado), com previsão de nacionalização gradual a partir de 2027. A estrutura foi desenhada para atrair empresas que queiram produzir localmente com menor escala e evitar os custos de importação.
A fábrica assume toda a responsabilidade pela produção, enquanto desenvolvimento, marketing e vendas ficam sob responsabilidade das montadoras. O modelo é similar ao de polos industriais de países como México e Uruguai.
A cadeia de fornecedores será composta por empresas já atuantes no Nordeste, especialmente nos estados de Pernambuco e Bahia, além da atração de novos sistemistas para a região.
De acordo com a Comexport, o foco será substituir a importação de veículos eletrificados por produção local. A meta é atender marcas que operam no país, mas ainda não têm produção própria de elétricos no Brasil.
A estratégia pode ser replicada por outras montadoras com fábricas subutilizadas. Um exemplo recente é a parceria entre Renault e Geely para a fabricação de modelos eletrificados no Paraná.
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