Fernando Haddad, ministro da Fazenda, viaja nesta semana ao Vale do Silício para apresentar um pacote de incentivos voltado a atrair investimentos em data centers no Brasil. A ofensiva coincide com as negociações entre a ByteDance e a Casa dos Ventos para instalar um mega data center no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S/A), no Ceará.
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O projeto, que inclui uma instalação inicial de 300 MW, com possibilidade de expansão para até 1 gigawatt, integra a iniciativa que busca consolidar o país como hub sustentável para o setor, aproveitando a matriz elétrica brasileira, com 80% de fontes limpas. Segundo a Fazenda, a política pode destravar R$ 2 trilhões em investimentos nos próximos dez anos.
A ByteDance já anunciou US$ 8,8 bilhões em investimentos em centros de dados na Tailândia até 2030. A expansão para o Brasil segue a lógica de diversificação geográfica e uso de energia limpa como diferencial competitivo.
Impostos como entrave para data centers
O governo avalia que o custo da depreciação de hardwares, agravado pela complexidade tributária, é hoje um dos principais obstáculos para investimentos em data centers no país.
Ao eliminar tributos sobre bens de capital importados, o Brasil espera aumentar a atratividade para empresas globais de tecnologia e inteligência artificial, com potencial de gerar efeitos indiretos nos setores de telecomunicações e construção.
A proposta será detalhada por Haddad em reuniões com executivos em Palo Alto nesta terça-feira, como parte de uma estratégia para reposicionar o país no mercado global de infraestrutura digital.
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