Em 2024, o Brasil recebeu 728.537 turistas dos EUA, 96.540 do Canadá e 52.888 da Austrália, segundo a Embratur. (Foto: Envato Elements)
O Brasil volta a exigir visto para cidadãos dos Estados Unidos (EUA), Canadá e Austrália a partir desta quinta-feira (10). A medida revoga a isenção estabelecida em 2019 pelo governo Bolsonaro, que beneficiava também o Japão. A decisão atual segue o princípio de reciprocidade, já que esses países exigem visto de brasileiros.
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A exigência vale para turistas que entrem no país por vias aérea, marítima ou terrestre. O visto deve ser solicitado online no site eVisa e custa US$ 80,90, cerca de R$ 479. A permanência permitida continua limitada a até 90 dias.
Em 2024, o Brasil recebeu 728.537 turistas dos EUA, 96.540 do Canadá e 52.888 da Austrália, segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Esses países estão entre os principais emissores de visitantes para o turismo internacional brasileiro.
Em agosto de 2023, Brasil e Japão chegaram a um acordo de isenção mútua de vistos para visitas de até 90 dias. A medida entrou em vigor no mês seguinte e tem validade de três anos. O Japão é, por ora, o único dos quatro países inicialmente beneficiados a manter o acordo com base recíproca.
O Itamaraty informou que as negociações com Estados Unidos, Canadá e Austrália continuam. A posição do governo brasileiro é de manter a exigência até que haja reciprocidade diplomática no tratamento dado a turistas brasileiros.
Celso Sabino, ministro do Turismo, reafirmou essa diretriz em publicação nas redes sociais. Para o governo, a exigência se justifica como ferramenta de negociação com países que ainda impõem restrições ao turismo de brasileiros.
Em março, o Senado aprovou um projeto de lei que tenta suspender a exigência de vistos para cidadãos dos três países. A proposta, no entanto, ainda depende da análise da Câmara dos Deputados. Só entrará em vigor se for aprovada pelos parlamentares.
Enquanto isso, a exigência de visto volta a ser obrigatória. A expectativa é que a mudança afete temporariamente o fluxo de turistas desses países, enquanto os acordos bilaterais continuam em discussão.
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