Carney enfatiza a singularidade da economia brasileira devido à sua biodiversidade e a importância das lições que o país fornece ao mundo. (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ), uma coalizão global composta por 675 instituições financeiras comprometidas com a aceleração da descarbonização da economia, anunciaram uma parceria para desenvolver uma plataforma visando mobilizar o financiamento climático no Brasil.
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Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, na última segunda-feira (26), e o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para Ambição e Soluções Climáticas, também copresidente da GFANZ, Mark Carney, assinaram uma carta de intenção para colaborar no desenvolvimento de soluções destinadas a ampliar o financiamento de projetos de descarbonização da economia brasileira, incluindo a potencial criação de uma plataforma.
A assinatura ocorreu durante o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, evento que termina nesta terça-feira (27), em São Paulo. O evento precede a reunião do G20, que reunirá ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais das principais economias do mundo, também na capital paulista. O G20 engloba países responsáveis por 85% do PIB global e mais de 80% das emissões relacionadas ao setor energético.
A plataforma proposta visa consolidar os principais projetos brasileiros elegíveis para financiamento, com foco na geração de empregos sustentáveis, na expansão dos investimentos em tecnologias de baixo carbono e no desenvolvimento de economias sustentáveis que preservem a natureza e a biodiversidade.
A criação da plataforma ainda está em fase inicial, conforme anunciou Mercadante, destacando a intenção de estabelecer uma parceria para aprofundar os estudos e lançar a plataforma no Brasil, com o objetivo de atrair investidores para impulsionar os aportes e contribuir para a preservação das reservas florestais, o mercado de carbono e a bioeconomia.
Além de direcionar investimentos para projetos relacionados à energia e ao reflorestamento da Amazônia, a iniciativa do governo pretende envolver instituições financeiras domésticas e internacionais para identificar oportunidades de ampliação dos investimentos no Brasil e desenvolver novos mecanismos de financiamento para soluções baseadas na natureza.
Carney enfatiza a importância da liderança do Brasil neste momento crucial e ressalta a necessidade de atrair mais financiamentos para acelerar a transição energética e o reflorestamento da Amazônia, destacando a singularidade da economia brasileira devido à sua biodiversidade e a importância das lições que o país pode fornecer ao mundo.
*Com informações do portal Agência Brasil.
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