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portocem e pecém

A possibilidade de um novo terminal de GNL no Pecém agora está condicionada à busca de um novo cliente âncora. (Foto: Divulgação)

Fim do terminal de GNL do Pecém afeta mercado nacional de gás

Por: Redação | Em:
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Ceiba Energy realizou a venda do contrato de reserva de capacidade da Termelétrica Portocem (1,571 GW) para a New Fortress Energy (NFE). O negócio deve impactar o cenário nacional de do mercado de gás, com implicações que vão além da mudança de proprietário do projeto termelétrico no Porto do Pecém, no Ceará.


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O plano da NFE consiste em transferir o contrato de Portocem para usinas vinculadas aos novos terminais da empresa: Barcarena (PA) e TGS (SC). Dessa forma, a transação sinaliza o encerramento do projeto de construção da térmica no Ceará, extinguindo também as perspectivas para o novo terminal de gás natural liquefeito (GNL) que estava associado à usina no Porto do Pecém.

A planta de regaseificação da Petrobras no Pecém, inaugurada em 2008 e a primeira do tipo no país, foi descontinuada no final de 2023. A expectativa de reativação da capacidade de importação de GNL do porto com o projeto da Portocem perdeu relevância com a venda do contrato da usina para a New Fortress. Com isso, a possibilidade de um novo terminal de GNL no Pecém agora está condicionada à busca de um novo cliente âncora, tornando seu futuro incerto.

Pecém: cenário cearense

A decisão da Petrobras de desativar o regás do Pecém ocorre após anos de subutilização do ativo, operando com uma capacidade ociosa de mais de 90% nos últimos quatro anos. Antes da crise hídrica de 2021, a Petrobras chegou a desativar a operação no Ceará, mas adiou os planos de descontinuar o ativo para garantir a segurança do sistema, resultando em grande parte do ano sem importação de gás.

Apesar da baixa utilização do terminal, a falta dele, junto com a ausência de novos investimentos em gasodutos, impõe restrições físicas na malha do Ceará, dificultando a expansão do consumo na região. A Portocem comprometeu-se a construir um novo ponto de importação em Pecém para abordar essa limitação.

Sem a planta de regás, não haveria gás para as usinas existentes, mas a Termofortaleza (327 MW), da Eneva, está descontratada, e a Termoceará (220 MW), da Petrobras, pode operar alternativamente com diesel. Antes dos recentes desdobramentos, o Plano Indicativo de Gasodutos de Transporte (PIG) 2022 já indicava a necessidade de investimentos na malha do Nordeste para atender ao Ceará e aos projetos de expansão do sistema.

A EPE destaca que o Nordeste deve ter um aumento na oferta de gás até o fim desta década, proveniente do projeto Sergipe Águas Profundas e da recuperação da produção onshore. No entanto, há uma restrição de escoamento nos gasodutos Nordestão e Gasfor que limitaria o envio dessa oferta adicional até o Ceará, mesmo com a reativação do terminal do Pecém.

O terminal de GNL do Pecém é estratégico para a expansão da malha para outros estados da região, como Maranhão e Piauí. Uma planta de regaseificação no Pecém poderia servir como fonte de suprimento para projetos de termelétricas nesses mercados, conforme previsto na lei de privatização da Eletrobras.

O fim do projeto Portocem altera o cenário econômico desses projetos, que inicialmente contavam com uma infraestrutura de regaseificação existente. Em alternativa, os empreendedores podem considerar outras fontes de suprimento, como o terminal de regás em Itaqui (MA).

*Com informações do portal Agência epbr.

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