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emissões de CO2

Em 2021 houve um recorde histórico de emissões no setor elétrico brasileiro, em razão da crise hídrica enfrentada pelo País. (Foto: Envato Elements)

Em 2022, Brasil tem a maior queda nas emissões de CO2 no setor elétrico

Por: Redação | Em:
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Relatório do think tank britânico Ember, lançado nesta quarta (12), revela que o Brasil viveu a maior queda absoluta do mundo nas emissões do setor elétrico em 2022. De acordo com a análise, a matriz elétrica brasileira emitiu 69 milhões de toneladas de CO2 no ano passado, uma queda de 34% em relação a 2021, quando emitiu 105 milhões de toneladas.


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Apenas a Ucrânia, em estado de guerra, viu declínio percentual comparável (-38%), com a segunda maior redução nas emissões. Segundo a Ember, a redução de emissões do Brasil em 2022 se deveu principalmente à diminuição do uso de termelétricas em função do aumento, de um ano para o outro, da geração hidrelétrica.

Em 2021 houve um recorde histórico de emissões no setor elétrico brasileiro. As usinas termelétricas movidas a combustíveis fósseis foram acionadas de maneira emergencial em razão da crise hídrica enfrentada pelo País. Naquele ano, a fonte hídrica esteve em seu nível mais baixo desde 2015, e com a volta das chuvas em 2022, atingiu o nível mais alto desde 2011.

Outro fator que contribuiu para a queda de emissões da rede brasileira no ano passado foi o crescimento da geração eólica e solar. As duas fontes permitiram uma substituição da energia fóssil, principalmente do gás.

“Este é o efeito sanfona das emissões do setor elétrico brasileiro: a maior queda do mundo em 2022 precedida por uma das maiores altas em 2021”, observou o pesquisador do Instituto ClimaInfo, Shigueo Watanabe Jr., que ressalta que o Brasil precisa enfrentar o lobby fóssil para manter as emissões do setor elétrico neste patamar baixo.

“Pela pressão climaticamente irresponsável do setor do gás natural, as emissões podem se estabilizar em um patamar pior do que o atual e muito longe das metas nacionais de redução de emissões.”

Shigueo Watanabe Jr., pesquisador do Instituto ClimaInfo

“Para superar essa gangorra, que pode acontecer novamente no futuro, é preciso priorizar de maneira assertiva quais fontes complementarão a hidreletricidade”, avaliou o pesquisador do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) e do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), Felipe Barcellos e Silva.

“Tem se observado uma certa aposta no gás, o que acaba por ocupar o espaço de usinas eólicas e solares. Para reduzir suas emissões de forma sustentada, o Brasil precisa reverter essa tendência, e estruturar o sistema para acionar termelétricas apenas em último caso.” De acordo com os dados do operador do Sistema Elétrico Nacional (ONS), o Brasil gerou 89% de sua eletricidade a partir de fontes limpas em 2022, o que inclui também 63% de energia hidrelétrica e 12% de energia eólica. Os combustíveis fósseis representavam 11% da geração brasileira em 2022, principalmente o gás (7%).

“A crescente capacidade eólica e solar do Brasil já está fornecendo eletricidade substancial para a rede. Como elas continuam a crescer, estas tecnologias ajudarão não apenas a reduzir as emissões do setor elétrico, mas também a impulsionar cortes de emissões em toda a economia com a eletrificação de outros setores”, estimou a analista sênior de eletricidade da Ember, Małgorzata Wiatros-Motyka, principal autora da pesquisa.

*Com informações do Portal Solar.

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