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exportações cearenses

Segundo especialista, o principal destino das exportações cearenses foi o bloco da América do Norte, com 69,8%. (Foto: Envato Elements)

Valor das exportações cearenses em 2022 é o terceiro melhor desde 1997

Por: Pádua Martins | Em:
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As exportações cearenses em 2022 somaram US$ 2,3 bilhões, resultado inferior em 14,6% – o equivalente a US$ 398,6 milhões – ao registrado em 2021: US$ 2,7 bilhões. A queda das exportações nos dois últimos trimestres do ano passado explica o recuo verificado. No entanto, apesar da involução, o valor das exportações registrado, em 2022, foi o terceiro maior da série histórica desde 1997, abaixo apenas dos anos de 2018 (US$ 2,3 bilhões) e 2021 (US$ 2,7 bilhões).


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Já as importações registraram uma alta de 26,8%, passando de US$ 3,8 bilhões, em 2021, para US$ 4,9 bilhões, um incremento de US$ 1,0 bilhão na comparação dos dois anos. Esse incremento nas importações ocorreu devido ao crescimento superior observado do primeiro ao terceiro trimestres de 2022. Ou seja, a desaceleração observada ao longo do ano não afetou o desempenho anual das importações, que registrou o maior valor da série histórica desde 1997.

importações e exportações cearenses

Com os resultados das exportações e importações, o saldo negativo da balança comercial aumentou de US$ 1,1 bilhão para US$ 2,5 bilhão e o valor positivo da corrente de comércio subiu de US$ 6,6 bilhões para US$ 7,2 bilhões, na comparação dos dois anos (2021/2022). Ou seja, mesmo com a perda observada no valor das exportações, mas que compensado pela forte alta no valor das importações, a corrente de comércio cearense registrou seu maior valor dentro da série histórica desde 1997.

Importações e exportações cearenses

Os dados estão no Ipece/Informe (Nº 225 – Março/2023) – Principais Resultados do Comércio Exterior Cearense em 2022, que acaba de ser publicado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto de Pesquisa e estratégia Econômica do Ceará (Ipece). De acordo com o autor do estudo, o analista de Políticas Públicas Alexsandre Lira Cavalcante, no acumulado do ano de 2021, o principal destino das exportações cearenses foi o bloco da América do Norte (69,8%) seguido pela União Europeia (8,2%); Ásia (Exclusive Oriente Médio) (5,9%) e Mercosul (3,5%).

No entanto, entre os anos de 2021 e 2022, dois destes blocos registraram crescimentos, União Europeia (+140,7%) e Mercosul (+24,4%), e outros dois quedas Ásia (Exclusive Oriente Médio) (-44,7%) e América do Norte (-34,3%). A consequência – explica Alexsandre Lira – foi a grande perda de participação nas vendas para o bloco da América do Norte e o grande aumento de participação nas vendas para a União Europeia.

No acumulado do ano de 2022, as exportações cearenses passaram, ainda, a ter como principal destino o bloco da América do Norte (53,7%), mas com forte perda de participação, de 16,2 pontos percentuais (p.p), na comparação dos anos de 2021 e 2022. Na sequência, está a União Europeia, com 23,0%, após ganhar 14,9 p.p. de participação, seguida pelo Mercosul (5,1%) e Ásia (Exclusive Oriente Médio), com 3,8%.

A principal origem das importações cearenses, no acumulado de 2021, foi o bloco da Ásia (Exclusive Oriente Médio) (34,6%), seguida pela América do Norte (27,6%); União Europeia (10,3%) e Mercosul (7,5%). As importações cearenses são menos concentradas por blocos econômicos que as exportações.

O analista de Políticas Públicas observa que, entre os anos de 2021 e 2022, todos os quatro blocos registraram crescimento: Ásia (Exclusive Oriente Médio) (+38,1%); América do Norte (+40,5%); União Europeia (+6,7%); e Mercosul (+2,0%). Chama também atenção o expressivo crescimento nas importações cearenses vindas da Oceania (521,5%) e do Oriente Médio (+109,6%).

A consequência foi um aumento ainda maior da concentração nas duas principais origens das importações cearenses, Ásia (Exclusive Oriente Médio) (37,7%) e América do Norte (30,6%), cujos incrementos de participação foram de 3,1 p.p. e 3,0 p.p., respectivamente, acompanhado de leve perda de participação das compras vindas da União Europeia (8,7%) e do Mercosul (6,1%). Destaca-se também o ganho de participação das aquisições vindas do Oriente Médio de 2,3 p.p.

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