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O pequeno varejo de autosserviço conquistou 7,6 milhões de novos lares compradores em relação ao ano pré-pandemia. (Foto: Envato Elements)

Autosserviço nos supermercados conquista consumidores

Por: Sofia Holanda | Em:
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Com a concorrência acirrada e o avanço do comércio online, supermercados estão investindo em tecnologia para criar novas experiências de compra e fidelizar clientes. Nesse cenário, o autosserviço também conhecido como self-checkout, é uma das opções que se expandiu, e grandes redes de supermercados decidiram investir, como a marca cearense Super Mercadinhos São Luiz.


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Investir em autosserviço como estratégia de marketing captura o consumidor pela agilidade do processo. De acordo com a consultora de marketing, Gal Kury, quem consome quer ganhar tempo, praticidade e não deixar de ir ao estabelecimento quando tem apenas dois ou três itens para comprar.

Ela informa que algumas tecnologias desenvolvidas nos últimos cinco anos amplificaram ainda mais as possibilidades do autosserviço. No segmento de supermercados e padarias, lanchonetes, há uma alta no grab-and-go, ou seja, o consumidor pega um item já pronto – saladas de frutas, sucos, sanduíches etc. – e vai direto para o caixa. “Em muitos locais já existe uma leitura via aplicativo, de modo que o consumidor nem precisa mais ir ao caixa. Lê a etiqueta com seu smartphone e paga depois quando chegar a fatura do cartão” afirma Cury, também professora universitária.

Compras e o processo de reinvenção

Os números do setor segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) são positivos. Cerca de 10 milhões de lares foram atraídos pelo autosserviço em 2021. Nos últimos dois anos, consumidores e canais de compras passaram por um processo de reinvenção para se adequar à nova realidade. De acordo com a 3ª edição do relatório Winning Omnichannel Latam 2022, produzido pela Kantar, o consumidor latino está mais experiente, compra em canais diversos e seu gasto é mais fragmentado.

pequeno varejo de autosserviços conquistou 7,6 milhões de novos lares compradores em relação ao ano pré-pandemia (2019) e representa o maior valor total gasto (23,6%) pelo brasileiro nos canais de compra de bens de consumo massivo. Os canais de super vizinhança também registraram boa performance, alcançando mais 1,8 milhões de domicílios compradores, de acordo com informações da Abras.

Cearense São Luiz aposta no autosserviço

A tecnologia tem feito cada vez mais parte do cotidiano das empresas. Um exemplo disso são as novidades diversas implantadas nos supermercados brasileiros. Com a missão de atender de forma única, compartilhando orgulho e felicidade, a rede supermercados São Luiz conquista clientes ao investir em inovação.

A empresa planeja acelerar a expansão do Mercadão, que é a sua bandeira de descontos, e abrir 10 novas lojas com este formato nos próximos três anos, no Ceará. Já a marca do Mercadinho São Luiz abrirá mais uma loja no Porto das Dunas. Ao todo, a rede conta com 22 lojas (bandeiras Mercadinhos e Mercadão), sendo 19, em Fortaleza, uma no Eusébio, uma em Juazeiro do Norte e uma no Crato. Márcio Falcão, diretor de Infraestrutura e TI da companhia, explica que a varejista implantou a primeira loja com autoatendimento em junho de 2018. ” Hoje, em 2022, temos todas as 22 lojas com autosserviço“, destaca.

“A automação desse tipo de serviço (autoatendimento) é uma crescente dentro do segmento, uma vez que existem várias propostas nesse sentido, lojas autônomas, shop and go, compre e retire, etc. No caso específico do self-checkout, não tem sido diferente, pois identificamos uma adesão excelente por parte do público, chegando em algumas lojas a representar cerca de 35% de todos os tickets emitidos. Em outras lojas onde existem um grande fluxo de compras rápidas (até 15 itens), o self-checkout foi a solução para as filas que existiam nos checkouts tradicionais”.

Márcio Falcão, diretor de TI dos Super Mercadinhos São Luiz

Outro ponto que o diretor de TI destaca que chamou a atenção é o público que utiliza esse tipo de serviço. “Ao contrário do que se podia pensar, que seria um público mais jovem, mais adepto das novas tecnologias, observamos que ele atinge a todas as faixas etárias e muitos se desafiam na utilização dessa nova modalidade de atendimento. Observamos que a adesão a esse tipo de serviço é mais voltada ao tipo de compra, como menor quantidade de itens. A questão do medo no uso da tecnologia, nesse caso, deixou de ser um fator limitador”, conclui Falcão.

Confira a nova revolução no varejo brasileiro

Com investimento de R$ 2 milhões, o Instituto HIPELAB, um supermercado tecnológico localizado no Vale do Pinhão, em Curitiba, foi inaugurado em novembro de 2022. Ao invés de apenas vender produtos aos consumidores, ele atua no desenvolvimento de soluções, testes e pesquisas para o varejo. A iniciativa já começou suas operações com 25 inovações tecnológicas voltadas para gestão inteligente com foco na experiência do consumidor.

Entre as tecnologias está o carrinho inteligente da Nextop, que identifica, soma e recebe o pagamento das compras, tudo feito pelo próprio cliente. Outra inovação é o Delphos, uma solução em Business Inteligence com capacidade de análise de dados muito rápida. Ele consegue cruzar informações com apenas um clique para que o gestor tenha uma visão 360° do negócio e consiga colocar o consumidor no centro de suas tomadas de decisão.

“O Instituto funciona em um formato de associação, onde empresas com soluções para varejo compartilham estrutura física, know-how, problemas de mercado e oportunidades. Nosso intuito é fomentar soluções para que o varejo potencialize sua operação, gerando, assim, um ambiente mais agradável de compra para o consumidor e mais rentável para o varejista. Dentre as vantagens competitivas podemos citar o aumento da rentabilidade da operação, um ambiente atrativo para consumidores e a gestão completa da operação”, afirma Ricardo Pontes, COO do HIPE. Após os experimentos no espaço, as soluções poderão ser testadas em um supermercado da rede Verde Mais, que é associada ao Instituto. Depois disso, a tecnologia já estará apta para ser utilizada no varejo.

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