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trebeschi produz tomates orgânicos

A gente acreditou no futuro da produção de hortaliças na Serra da Ibiapaba, que já era uma realidade, mas trazendo nova tecnologia, novas variedades”, afirma Edson Trebeschi, presidente e fundador da Trebeschi. (Foto: Dia Rural/Divulgação)

Trebeschi vai produzir tomates orgânicos na Ibiapaba

Por: Carmen Pompeu | Em:
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O ano era 2020. Em plena pandemia do coronavirus, com o setor de eventos totalmente parado, a Trebeschi topou receber da Reijers 100 hectares da fazenda que possuía em Ubajara, Serra da Ibiapaba, no interior do Ceará, e trocar o cultivo de flores por tomates gourmet. Dois anos depois, Edson Trebeschi, presidente e fundador da companhia, disse que o desafio deu tão certo que, em breve, ele vai lançar em solo cearense o plantio de orgânicos.


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Maior produtora de tomates in natura do Brasil, a Trebeschi tem sua matriz localizada em Araguari-MG e filiais nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Bahia e Ceará.

A empresa possui 27 anos de mercado. No Ceará, a operação foi iniciada em 2020, com produção de tomates em estufa. O principal item do portfólio da Trebeschi é o tomate, além de produzir de forma sustentável mais de 30 itens.

A pandemia da Covid-19 inviabilizou a produção de flores da Reijers, que optou por transferir para a Trebeschi uma unidade de produção da fazenda que possuía em Ubajara, incluindo os 15 hectares ocupados por estufas, que passaram a produzir tomates.

“Com o advento da pandemia, os grandes eventos naquele momento foram interrompidos: casamentos, formaturas. Então, as flores de corte tiveram uma redução muito grande na venda. Daí a gente foi convidado para conhecer a infraestrutura. Era um momento muito incerto. Mas a gente acreditou no futuro da produção de hortaliças na Serra da Ibiapaba, que já era uma realidade, mas trazendo nova tecnologia, novas variedades. E a gente fez, em plena pandemia, a mudança da produção de rosas para a de alimentos”.

Edson Trebeschi, presidente e fundador da Trebeschi

De acordo com o empresário, naquele momento havia 120 colaboradores da Reijers, que estavam praticamente em aviso prévio. “E a gente conseguiu dar a volta por cima, contratamos todos eles. Hoje, nós estamos gerando lá cerca de 170 empregos diretos”, compara.

A produção é voltada quase toda ela para o consumo local. “É um diferencial para a região e para o Nordeste como um todo a proximidade da produção com a gôndola. Como nós estamos falando de produtos perecíveis, isso se traduz em mais qualidade para o consumidor e para o supermercadista”, pontua Edson. “Antes, esses produtos vinham do Sul e Sudeste e, hoje, nós estamos conseguindo produzir na chapada do próprio Ceará. Você tem um produto com frescor maior em função dessa proximidade da colheita e o consumo”, explica.

Produção de tomate

Apesar de focar no mercado consumidor das capitais do Norte e Nordeste, a ideia, segundo o presidente da empresa, é atender Sudeste e Sul, no período de entressafra dessas regiões. “Hoje, ela está atendendo em 70% Norte e Nordeste, e 30% regiões Centro Oeste, Sudeste e Sul”, informa.

De acordo com Edson, o investimento está correspondendo a expectativa em termos de produtividade e qualidade. “Hoje nós somos a maior produtora de tomates e legumes convencionais e premium do Brasil. E este projeto (Ubajara), especificamente, está focado na produção de produtos premium” explica.

A empresa atende os principais supermercados de varejo e atacarejos de Fortaleza e das outras capitais do Norte e Nordeste, bem como também a alguns distribuidores nessas regiões.

Sustentabilidade

“Dentro do nosso modelo de cultivo, a gente trabalha com técnicas sustentáveis. Para se ter uma ideia, o projeto utiliza 100% da energia gerada na própria localidade, por meio de energia solar. E a gente está partindo para fazer o aproveitamento da água da chuva para usar no período da seca”, destaca Edson. Uma outra questão muito importante é que temos dentro da unidade um manejo para que a gente tenha um controle biológico da produção. Por ser em estufas, é um cultivo protegido. Mas, mesmo assim, a gente tem intensificado cada vez mais a aplicação de insumos biológicos”, diz.

Produção de flores

Com a retomada dos grandes eventos, a procura por flores vem aumentando na mesma proporção. “Com a pandemia, alguns produtores reduziram as áreas de rosas. Mas esse mercado volta muito aquecido agora, pelo que eu tenho conversado com amigos que atuam no segmento de rosas”, comenta Edson Trebeschi.

Mesmos assim, o empresário assegura que vai continuar cultivando hortaliças na Ibiapaba. “Os tomates ficam e eles trazem as flores. As flores vão gerar os tomates. Nós somos especializados na tomatecultura, nos vegetais. Então a gente vai dar sequência a isso que a gente já trabalha”, afirma

Sobre a Trebeshi

A Trebeschi Tomates foi fundada em 1994. O objetivo inicial era atender os agricultores que tinham seus produtos comercializados por meio da Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC), que encerrou as atividades naquele ano. Edson, que era funcionário da CAC, abriu a empresa e ampliou a lista de fornecedores.

Após oito anos, adquiriu sua primeira área, com mil hectares, em Uberaba (MG), na contramão do mercado, que tinha no estado de São Paulo os principais polos produtores de tomate.

Em pouco tempo, transformou o Triângulo Mineiro numa das maiores regiões produtoras, com a aquisição de terras em Catalão, Monte Carmelo e outras cidades de Minas.

A empresa investiu em tecnologia. Foi pioneira no Brasil na utilização de uma máquina de seleção de tomates. O investimento, feito há dez anos, foi um divisor de águas na história da empresa, que passou a atender os consumidores com mais qualidade.

Além disso, a Trebeschi Tomates revolucionou seu sistema logístico, vendendo diretamente do Triangulo Mineiro para o resto do País. Antes, a comercialização era feita para São Paulo, que, por sua vez, redistribuía para outros estados. Essa logística gerava perdas e custos altos.

A mudança na logística incluiu a modernização das embalagens e a compra de caminhões refrigerados. O investimento em caixas plásticas e de papelão, no lugar das caixas de madeiras (comuns nos atacadistas), permitiu à Trebeschi reduzir o nível de perdas de 15% para cerca de 4% do volume transportado.

A venda de pacotes fracionados, ao invés do granel, também foi fundamental para agregar valor e reduzir perdas. Segundo o empresário, toda produção é rastreada e as embalagens contêm um código de barras com as informações do produto desde a lavoura até o ponto de venda.

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