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 O poliéster, uma das fibras mais usadas no segmento da moda, produz emissão anual de 32 das 57 milhões de toneladas globais. Desse modo, a indústria têxtil provoca diferentes impactos ambientais, tais como a poluição do ar, do solo e da água. (Foto: Envato Elements)

Indústria da moda busca alternativa mais sustentável

Por: Ívina Sales | Em:
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O setor de moda é responsável por 8% da emissão de gás carbônico na atmosfera, ocupando o segundo lugar no ranking mundial, ficando atrás somente da indústria petrolífera.


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O poliéster, uma das fibras mais usadas no segmento da moda, produz emissão anual de 32 das 57 milhões de toneladas globais. Desse modo, a indústria têxtil provoca diferentes impactos ambientais, tais como a poluição do ar, do solo e da água.

Além disso, existe elevado consumo de recursos naturais como água e energia durante o processo de fabricação. Devido ao avanço do modelo fast fashion, nos últimos anos, teve início uma maior cobrança social sobre os danos socioambientais da moda, como os efeitos irreversíveis causados à natureza, a degradação social em diversas regiões do mundo e o desrespeito à legislação trabalhista e às condições básicas de emprego.

Apesar da maior parte do consumo de vestuário está concentrada no Ocidente, estima-se que 80% das peças são fabricadas no continente asiático, e essa produção também ocorre de maneira muito desigual.

É fundamental modificar o modo de consumo da sociedade global, adotando um modelo de economia circular, no qual os produtos estejam inseridos em um ciclo completo desde sua fabricação até o descarte final, onde todas as etapas sejam conduzidas de forma planejada para reduzir os efeitos nocivos da poluição do ambiente.

Marcas que adotam um modelo sustentável

Foi nos últimos 15 anos que o segmento da moda duplicou sua produção. Entretanto, tem aumentado o interesse por um modelo mais sustentável, que gere menos resíduos e contribua para uma economia circular. Seguindo essa direção, uma marca espanhola de upcycling, com sede em Barcelona, já reutilizou 30 toneladas de ganga doada.

As peças ganham cara nova. As fibras naturais, tais como a ganga de algodão, são muito mais fáceis de reciclar do que materiais sintéticos como o poliéster ou misturas de fibras. Somente na Espanha, cada espanhol descarta, em média, 23 kg de roupa anualmente, e apenas 12% são reaproveitados.

Reciclar os produtos é, no entanto, apenas um dos passos. É também necessário diminuir o consumo de insumos e a poluição causada no processo de fabricação dos tecidos. Josep Moré é o Diretor Executivo de uma indústria de tinturaria e acabamentos têxteis, uma das mais poluentes do setor.

Essa fábrica conseguiu reduzir o consumo de recursos graças à tecnologia de digitalização de máquinas que operam no controle do consumo de água e das emissões de carbono. A ideia de Moré é investir em um sistema de tinturaria ecológica, porém, a indústria da moda não se mostra disposta a pagar mais caro por um modelo têxtil circular e menos acelerado.

Dafiti cria a label Inspira, baseada em sustentabilidade


A Dafiti, maior fashiontech da América Latina, anunciou o lançamento da Inspira, marca própria produzida com materiais sustentáveis. A primeira coleção já demonstra qual a identidade da marca, que traz referência de moda, com estilo atemporal e sofisticado e a preocupação com os materiais e processos de fabricação. São uma centena de peças variadas que vão desde vestidos a moletons.

Criada e desenvolvida no Brasil, a label tem sua primeira coleção intitulada “Ginga” que busca valorizar a brasilidade na escolha das cores, formas e estampas. O lançamento representa um passo importante para a Dafiti, ao implementar uma nova estratégia de sustentabilidade no ecossistema da moda.

A nova marca foi desenvolvida com objetivo de reduzir os danos da produção das matérias-primas no meio ambiente; para isso, são utilizadas matérias-primas de alta qualidade que prolongam a vida útil das peças e estimulam sua circularidade.

A Inspira utiliza tecidos sustentáveis com certificações internacionais, como a primeira poliamida biodegradável do mundo (Amni Soul Eco) além de linho Lenzing Modal e viscose ECOVERO. Os tecidos naturais são feitos de matéria orgânica, biodegradável e de celulose de madeira reflorestada.

Ao longo da criação da marca, iniciada há um ano com a seleção dos tecidos e parceiros, ocorreu também uma modificação na cadeia de produção, a partir da instauração de novos processos e qualificação de fornecedores para atender às credenciais de sustentabilidade que a marca possui.

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