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Com sol e os bons ventos o ano inteiro, a região Nordeste abre as portas para o combustível do futuro – o hidrogênio verde. (Foto: Freepik)

Hidrogênio verde: Nordeste brasileiro se prepara para ofertar energia limpa para o mundo

Por: Sofia Holanda | Em:
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Com localização privilegiada, sol, mar, calor e bons ventos praticamente o ano todo, o Nordeste tende a se tornar um dos maiores fornecedores de hidrogênio verde num futuro próximo. A região é um celeiro de energia limpa e renovável, e estados como o Rio Grande do Norte e o Ceará já atraem os olhares de investidores internacionais. Com a COP 26, ocorrida em Glasgow, na Escócia, os países estão em busca de cumprir com o acordo de diminuir o uso dos combustíveis fósseis e fazer uma transição para uma economia de baixo carbono até 2050.


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É inegável o potencial do Brasil para liderar conversas nesse sentido e avançar no uso de energias renováveis no mundo. A cada 1 megawatt (MW) de energia eólica produzida, 21 milhões de toneladas de gás carbônico deixam de ser lançados no meio ambiente.  Com a força dos ventos e o calor do sol, a região Nordeste pode despontar na transição do consumo dos combustíveis fósseis para o de energia limpa, como o hidrogênio verde, e assim será possível conter os avanços do efeito estufa e toda crise ambiental.

O Hidrogênio Verde é obtido a partir de fontes renováveis, como a energia solar e a energia eólica, sem a emissão de carbono. O H2V é produzido através de eletrólise, sendo prática sustentável e já adotada em vários países do mundo. Este método utiliza a corrente elétrica para separar o hidrogênio do oxigênio que existe na água. Por esta razão, se essa eletricidade for obtida de fontes renováveis, então a energia será produzida sem a emissão de dióxido de carbono na atmosfera.


Rio Grande do Norte e as energias renováveis

De olho nesse cenário da energia limpa e com o objetivo de se preparar para atrair investidores internacionais, o Sistema FIERN, por meio do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), e o Governo do Rio Grande do Norte, apresentou nesta segunda-feira (28), a plataforma on-line do novo Atlas Eólico e Solar do RN, que disponibiliza dados inéditos e é apontado por pesquisadores como chave para análises e atração de investimentos em usinas em terra e também no offshore, ou seja, no mar.

Presente no evento, a governadora do Rio Grande do Norte Fátima Bezerra afirmou que “defender as energias renováveis é defender o futuro do país, mas um futuro que não está em construção, um futuro que já começou. O Nordeste dispõe de um potencial de 80% da produção eólica no país, e o Estado é o líder da produção eólica com geração de 6,5 GW de potência instalada no país, sem falar do potencial que temos do offshore (no mar), com a capacidade de chegar a 140 GW, o que equivale a 10 hidrelétricas de Itaipu”, declarou.

“Em meados de 2024 a 2026, vamos chegar a 13 bilhões de investimentos nessa área de energias renováveis. Já assinamos mais de 10 acordos de entendimento com empresas que demonstraram interesse em investir no nosso estado em Energias Renováveis. Temos cumprido a missão de divulgar para o Brasil e para o mundo que o RN tem um enorme potencial em matéria dos recursos renováveis. Nos próximos anos vamos estocar o vento,” ressalta a governadora do RN.

Rodrigo Mello, diretor do SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), destaca que “é hora de pensar no Brasil. Se o Brasil é um mundo de potencial de geração de energia no offshore, é natural que o foco dos investimentos, do capital que deve migrar para o Brasil, seja fortemente influenciado no Rio Grande do Norte e no Ceará. O Brasil tem 4 vezes o potencial de gerar energia para o mundo no mar (offshore), podemos transformar em hidrogênio e abastecer a Europa e a Ásia.  O Brasil tem um diferencial perante o mundo para incluir em nossa pauta de exportação de energia limpa”, destaca.

Cenário do Hidrogênio Verde no Ceará

Constantino Frate, coordenador do Hidrogênio Verde da Secretaria de Desenvolvimento e do Trabalho do Estado do Ceará (Sedet), fala sobre a importância do Estado em atrair empresas que querem investir no hidrogênio verde. “Em termos de organização, o Estado do Ceará desponta na vanguarda, como um dos mais propensos a capturar os investidores. São 10 anos de vantagem competitiva, em relação aos outros estados do Nordeste. Com o HUB de Hidrogênio Verde, tenho a convicção de afirmar que o Ceará está preparado para receber os investimentos. Em termos de logística, o Porto de Roterdam está se organizando para ser a porta de entrada do hidrogênio verde na Europa, e diante da parceria com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), a empresa elegeu o Ceará como uma das principais rotas de logística do hidrogênio verde do país”, afirma.

A implantação de um Hub de Hidrogênio Verde no Ceará tem despertado o interesse de diversas empresas estrangeiras. No total, o ex-governador do Estado, Camilo Santana, já assinou 17 memorandos de entendimento para a implantação de plantas de combustível limpo no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), em São Gonçalo do Amarante. Ao todo são21 projetos, o que correspondem a mais de US$ 12,6 bilhões de investimentos nos próximos 10 anos. Um projeto encontra-se em fase de implementação da empresa EDP, 16 estão em fase de estudos de viabilidade e mais 4 projetos estão previstos para serem assinados, em breve, pelo Governo do Estado do Ceará.

A EDP primeira empresa que anunciou, em setembro de 2021, a implantação da primeira usina de produção de hidrogênio verde (H2V) do Ceará. A expectativa é que a unidade piloto comece a operar no fim de 2022, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). De acordo com a companhia, serão investidos R$ 41,9 milhões na planta que contempla uma usina solar com capacidade de 3 MW e um módulo eletrolisador para produção do combustível a partir de energia renovável.

A nova tecnologia, produzida por meio do Hidrogênio Verde, vem se tornando uma das mais importantes e debatidas no cenário internacional de energia, pode produzir energia limpa aplicada às mais diversas áreas como as industriais, hospitalares e domiciliares, além de poder ser utilizada como combustível para automóveis, contribuindo efetivamente no movimento de descarbonização mundial, entre outros.

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