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Os consumidores residenciais lideram a lista com 75,5% de participação. Em seguida, aparecem consumidores dos setores de comércio e serviços (14,8%), produtores rurais (7,2%), indústrias (2,1%), poder público (0,4%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%). (Foto: Freepik)

Residências se transformam em usinas geradoras de energia solar

Por: Gladis Berlato | Em:
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Brasil ultrapassa 765 mil consumidores, mas a realidade, entretanto, é que esta alternativa energética não alcança nem 1% do total.

A fonte solar é infinita, mas ainda subutilizada no Brasil, detentor dos melhores recursos solares do mundo. É o que se depreende do acompanhamento feito pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar) mostrando que, embora 765.624 unidades consumidoras já dispunham até setembro de geração própria de energia, somando 6,3 gigawatts de potência instalada operacional, há um enorme caminho pela frente. Do universo de mais de 87,5 milhões de consumidores de eletricidade do país, apenas 0,9% usa o sol para produzir energia limpa, renovável e competitiva.


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Destes, os consumidores residenciais lideram a lista com 75,5% de participação. Em seguida, aparecem consumidores dos setores de comércio e serviços (14,8%), produtores rurais (7,2%), indústrias (2,1%), poder público (0,4%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%).

A expectativa é de que a tecnologia ainda pouco vista nos telhados tende a crescer muito neste ano e nos próximos, impulsionada pelo risco de desabastecimento por conta da estiagem que onera cada vez mais o bolso do consumidor. “A energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico e ambiental do país, sobretudo neste momento, para ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, aponta o CEO da ABSolar, Rodrigo Sauaia, ao lembrar que o segmento já atraiu mais de R$ 32 bilhões em novos investimentos e gerou mais 189 mil empregos em todas as regiões.

Projeções otimistas do Operador Nacional do Sistema Elétrico mostram que até o final de 2021, ou seja, mais este último trimestre, a energia solar em usinas de geração centralizada representará 2,4% da matriz elétrica brasileira, onde a fonte solar fotovoltaica é líder com 6 GW de potência operacional. Dados da Agência Internacional de Energia colocam o Brasil na nona posição entre os 10 que mais instalaram energia solar em 2020, depois de nações importantes como China, Estados Unidos, Vietnã, Japão e Alemanha.

Nordeste e o Ceará

O Nordeste se destaca em projetos de todos os portes e perfis. A região conta com 2,4 GW em usinas fotovoltaicas em operação, o que representa 70% de toda a capacidade instalada da fonte em geração centralizada no Brasil, fora os novos empreendimentos que estão a caminho, que somam 24,3 GW.

O Ceará conta com 15.347 conexões de geração própria de energia solar em telhados e pequenos terrenos de 98,4% dos 184 municípios (181), somando 217,3 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. O fato coloca o estado na nona posição do ranking nacional da ABSolar. Sozinho, o Ceará responde 3,4% de todo o parque fotovoltaico brasileiro na modalidade. Atualmente, são cerca de 19.592 consumidores de energia elétrica que já usufruem da redução na conta de luz e maior autonomia e segurança elétrica.

Case

Um destes consumidores é o gerente de pós-vendas de concessionária automotiva, André Felipe da Silva Pereira, que por consciência ecológica e por temor da falta ou do encarecimento ainda maior da conta de luz decidiu ingressar na energia solar em março deste ano. Na sua casa, em Fortaleza, onde vivem seis pessoas, foram instalados 20 painéis fotovoltaicos que geram, em média, de 900 a 950 Kw/mês.

Ao avaliar o investimento de pouco menos de R$ 30 mil, ele concluiu que nenhuma aplicação financeira traria o retorno que o projeto sinalizava e começa a se confirmar. “Ao mesmo tempo, eu abasteço e consumo energia da rede e em três anos terei o retorno do valor investido”, afirma ele, ao recomendar que as pessoas façam o mesmo, sem medo. “Na conta mensal vem bem discriminado o saldo resultante entre o volume produzido e o consumido, sem mistérios”, comenta, dizendo que energia é um ativo garantido.

Para Jonas Becker, coordenador estadual da ABSolar no Ceará, o avanço da energia solar no país é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental e ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeiras vermelhas na conta de luz da população. “O estado do Ceará é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comenta Becker. O presidente do Conselho de Administração da entidade, Ronaldo Koloszuk, reforça que “mais do que baratear a conta com a redução do uso de termelétricas fósseis, a energia solar ajuda a reduzir as perdas elétricas e novos gastos com infraestrutura, que seriam cobrados nas faturas de energia elétrica.

Dentre as maiores vantagens para o consumidor, o presidente executivo da ABSolar diz que além da contribuição à sustentabilidade e às finanças do consumidor, a tecnologia deste modelo energético garante versatilidade e agilidade na instalação para transformar uma casa ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível.

O fato é que o tema Energia é assunto de todas as rodas por conta das imagens desoladoras dos reservatórios que exigem o uso intenso da energia originada nas termelétricas fósseis, sabidamente poluidoras e de alto custo, invariável e impiedosamente repassado ao consumidor final. Por esta razão, a energia solar chega como alternativa salvadora às constantes faltas de chuva e a solução para a dependência de importação de energia elétrica, notadamente da Argentina e Uruguai.

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